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Mercado favorável. Ainda bem que a situação do mercado, para o segmento da Cenibra, está ótima. Segundo indicadores da Fiemg, 7,3% foi a alta no faturamento de celulose e papel no acumulado de 2015 – um dos quatro únicos que subiu, e o segundo maior em expansão, perdendo apenas para o de química.
“Nós não conseguimos atender a demanda, recusamos venda, é um bom problema, não é?”, revela Brant, que tem contratos de um ano. O executivo diz que, se quisesse, poderia fazer contratos de cinco anos. “O ano está bom”, sintetiza o dirigente da terceira maior empresa do país na produção de celulose.
E o dólar ajuda também, e muito. “Fechamos o câmbio quando o dólar sobe e estamos a uma média de R$ 3,90 a R$ 4”, entrega.
O volume exportado foi de 1,1 milhão de toneladas, em 2015, o mesmo previsto para 2016. E o faturamento em 2015 foi de R$ 1,92 bilhão. Mas a capacidade instalada está totalmente esgotada, segundo Brant. E vai ter investimento para aumentá-la? Sim, mas “japonês é cuidadoso, eu já deixei de ficar ansioso. É no ritmo deles”, avisa o executivo.
O projeto para a expansão está pronto e é para dobrar a capacidade para 2,5 milhões de toneladas. Assim, o investimento necessário é de US$ 2 bilhões (R$ 7 bilhões). “A Cenibra não deve nada hoje, a Cenibra está sem dívidas”, diz.
Com 4.800 funcionários, o projeto de expansão é na própria fábrica em Belo Oriente. “Já tem 40 mil m² para poder expandir”. E o que gasta muito nesse setor é floresta. “Teremos que plantar mais 100 mil hectares de eucaliptos. Atualmente, temos 130 mil hectares plantados. Em média, são 1.200 árvores por hectare. A Cenibra colhe por dia 60 mil árvores”.
Atuação
Fibra. A Cenibra opera com duas linhas de produção de celulose branqueada de fibra curta de eucalipto com produto direcionado ao mercado externo como a Ásia, a Europa e a América do Norte.
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