Empresa ficou meses com a produção parada em 2017 devido a um acidente
Comprada pela chilena CMPC em 2009, a Celulose Riograndense está reduzindo o quadro de funcionários na fábrica de Guaíba, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Segundo uma fonte da coluna, seriam cerca de 80 demissões.
Questionada, a empresa não informa o número e também não diz quantas pessoas trabalham atualmente na unidade, que tem capacidade de produzir 1,8 milhão de toneladas ao ano de celulose. Em nota enviada para a coluna Acerto de Contas, afirmou que é uma reorganização operacional dentro do ajuste na operação que ocorre desde a ampliação da unidade, em 2015. Acrescenta que está dando apoio aos funcionários, incluindo consultoria para recolocação no mercado de trabalho.
Em 2017, a Celulose Riograndense ficou com a produção suspensa por mais de 150 dias. Foi retomada em novembro daquele ano e as paradas ocorreram devido ao acidente em uma caldeira ainda em fevereiro.
Confira a nota da empresa na íntegra:
“A CMPC esclarece que houve a necessidade de uma reorganização operacional tendo em vista que desde 2015, após o início das operações da nova linha de produção, a empresa vem ajustando a sua operação. Para isso, na época, foi preciso ampliar sua estrutura de colaboradores.
Como em 2018 a empresa teve um ano com produção estável, fez-se necessário realizar agora um ajuste organizacional. A CMPC reafirma todo o cuidado e atenção com as pessoas na condução desse processo. Trata-se de uma das medidas para manter a empresa competitiva e alinhada com as melhores práticas de mercado, garantindo seu compromisso de longo prazo com a operação no Brasil
A CMPC está conduzindo este processo com respeito, e além de todos os direitos trabalhistas devidos, a empresa está oferecendo a esses colaboradores um pacote de benefícios que inclui abono indenizatório, extensão do plano de saúde e do cartão-alimentação, pagamento de valor relativo aos veteranos, além de consultoria para apoiar na recolocação ou orientação nos casos de aposentadoria.”