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Câmbio e preço de celulose favorecem desempenho da Suzano, diz Schalka

A desvalorização da taxa de câmbio e os preços mais favoráveis de celulose no mercado internacional fazem com que Walter Schalka, diretor-presidente da Suzano Papel e Celulose, projete um ano bastante positivo para a empresa, “o que até parece contraditório com o momento que o Brasil vive”, disse.

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Schalka foi escolhido como Executivo de Valor na categoria Papel, Papelão e Celulose. Para o premiado, o primeiro trimestre foi “ótimo” para a empresa por causa das condições mais favoráveis de preço e a expectativa é de um segundo semestre ainda melhor. “Temos nos beneficiado desse ambiente mais adequado para nossa indústria”, disse.

O executivo também avalia que o desempenho da empresa tem sido mais positivo por causa de um terceiro fator, além do câmbio e do preço da celulose. “Temos uma obsessão em cortar custos e aumentar a competitividade estrututral da empresa”, afirmou. Em 2015, a Suzano deve investir R$ 1,5 bilhão, dos quais R$ 1,1 bilhão serão direcionados para manutenção da capacidade das florestas. “Temos feito uma série de ajustes como a redução do raio médio da floresta, melhoria da logística, entre outros. Boa parte dos investimentos está centrado neste foco de reduzir custos, porque são investimentos com baixo risco e alta probabilidade de sucesso, não dependem do ambiente macroeconômico”, comentou.

Para Schalka, o investimento é uma consequência das oportunidades, do ambiente macroeconômico, político e institucional do país, que propiciem ao investidor o interesse em ampliar a capacidade produtiva ou fazer novas aquisições. O governo, portanto, tem que gerar esse ambiente a partir de reformas “que tanto se fala e ninguém faz. Os ajustes são necessários, mas não suficientes, precisamos de plano mais amplo para o Brasil”, disse.

Entre as prioridades, o executivo avalia que deveria estar uma reforma trabalhista mais ampla do que apenas a regulamentação da terceirização em discussão no Congresso. “A nossa legislação trabalhista é de muitos anos atrás, inadequada ao momento atual. Precisamos facilitar contratação e demissão, ter um processo que estimule pessoas a ser mais meritocráticas”, disse. Outra prioridade, afirma, deveria ser a educação.

Valor Econômico

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