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Vendas sobem e Klabin sai de prejuízo para lucro de R$ 520 milhões

Foto: Painel Florestal
Foto: Painel Florestal

A Klabin, uma das maiores fabricante brasileira de papéis, registrou lucro líquido de R$ 520,6 milhões no quarto trimestre de 2015, revertendo o prejuízo de R$ 127 milhões apurado um ano antes, beneficiada principalmente pelo maior volume de vendas ao mercado externo e pela expansão das vendas domésticas na comparação anual.

O resultado superou de longe a média das estimativas de analistas consultados pelo site valor econômico, que esperavam um lucro líquido de R$ 220 milhões no intervalo. A média foi calculada com base nas projeções do Bradesco, Itaú BBA e Morgan Stanley.

O resultado final também foi beneficiado pelo impacto do câmbio do trimestre (que em dezembro estava 2% abaixo do nível registrado três meses antes) na atualização do valor da dívida da companhia em moeda estrangeira. No intervalo, a Klabin registrou, na linha financeira, variação cambial líquida positiva em R$ 306 milhões.

A receita líquida cresceu 27% no último trimestre do ano passado, na comparação anual, para R$ 1,596 bilhão. Já o resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado subiu 19% na mesma base, alcançando R$ 603 milhões. No acumulado de 2015, a alta foi de 15%, para R$ 1,975 bilhão. Com isso, a margem Ebitda da empresa ficou em 37% no trimestre (queda de três pontos percentuais). No ano, a margem foi de 34%, frente a 35% em 2014.

Ao fim de dezembro, a dívida líquida da Klabin estava em R$ 12,41 bilhões, 7% acima do valor registrado em setembro. A alavancagem financeira, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda, alcançou 6,3 vezes em reais e 5,4 vezes em dólar no encerramento de 2015, ante 6,2 vezes em reais e 4,6 vezes em dólar no fim do terceiro trimestre.

A elevada alavancagem financeira resulta sobretudo dos pesados desembolsos executados pela Klabin para construir uma nova fábrica de celulose, em Ortigueira (PR). Somente no quarto trimestre, os investimentos somaram R$ 1,364 bilhão, com alta de 49% na comparação anual.

Vendas

A despeito da forte crise econômica enfrentada pelo país, a Klabin registrou alta de 13% nas vendas em volume, sem incluir madeira, no quarto trimestre do ano passado, para 499 mil toneladas. Esse desempenho foi puxado pela melhora de 52% nos volumes exportados pela companhia, que chegaram a representar 38% do total vendido. Um ano antes, essa participação havia sido de 28%.

“A desvalorização do real ao longo do ano e o desaquecimento da economia brasileira criaram um cenário favorável às exportações. Nesse contexto, a Klabin ampliou as vendas de papéis e cartões para o mercado externo mais do que compensando os impactos do desaquecimento do consumo na economia nacional e nos mercados de embalagens convertidas”, informa a companhia, em relatório que acompanha o balanço.

No mercado interno, em que é elevada a participação de produtos convertidos (caixas de papelão), houve queda de 3% nas vendas em volume. A expansão nas vendas totais também se deve aos aumentos de capacidade produtiva executados pela Klabin na área de papéis nos últimos trimestres.

Apesar da crise, ressalta a companhia, a receita no mercado interno cresceu 5% no último trimestre de 2015, na esteira de aumentos de preço. Conforme a empresa, esse desempenho “ressalta mais uma vez a solidez da base de clientes da Klabin diante do enfraquecimento econômico e mais especificamente dos mercados de papéis para embalagens no Brasil”.

Valor Economico

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