Suzano entra na disputa por ações de fabricante chinesa de tissue
Segundo a Bloomberg News, a produtora brasileira de celulose está entre os interessados na participação majoritária da Essity na Vinda International, avaliada em US$ 1,3 bilhão
De acordo com a Bloomberg News, a brasileira Suzano está na disputa pela compra das ações da fabricante chinesa de tissue Vinda International. Segundo fontes, a produtora de celulose está entre os interessados que entraram na nova rodada de lances pela participação majoritária da Essity na companhia. Ao todo, a empresa vale cerca de US$ 2,7 bilhões.
A participação da multinacional sueca na Vinda é avaliada em cerca de 9,8 bilhões de dólares de Hong Kong (US$ 1,3 bilhão), com base no preço de fechamento da última sexta-feira, 4 de agosto. Segundo fontes, os proprietários avaliam negociar as ações da produtora de tissue a partir de cerca de 20 dólares de Hong Kong por ação. Nesse sentido, os potenciais compradores devem avaliar oportunidades de financiamentos.
Além da Suzano, as empresas de aquisição Bain Capital, CVC Capital Partners e DCP Capital também teriam avançado no processo.
Segundo a Bloomberg, o fundador da Vinda e segundo maior acionista, Li Chaowang, está avaliando a possibilidade de se associar a um investidor interessado na empresa após a Essity anunciar a revisão estratégica da sua parte da organização em abril. Diante disso, as fontes apontam que as deliberações estão em andamento e os proprietários podem decidir não fechar um acordo.
Representantes da Bain, CVC e DCP, bem como Suzano e Vinda não se pronunciaram sobre o caso.
Conforme Per Lorentz, vice-presidente de comunicações corporativas, o processo está apenas no começo e a Essity está longe de ter uma lista final.
MAIOR PARTICIPAÇÃO NA CHINA
Caso a Suzano feche um acordo com a Vinda, a companhia poderia expandir sua atuação no mercado chinês, por meio de uma companhia bem estabelecida, enquanto expande sua posição como fornecedora na segunda economia do mundo.
Como maior importadora de celulose do mundo, a China corresponde a 43% da commodity vendida pela produtora brasileira. No mês de maio, o presidente da Suzano, Walter Schalka, afirmou em entrevista que estuda vender seus produtos para a China com preços em yuan, reforçando os sinais de que o dólar começa a perder domínio nos mercados de commodities.
A Vinda atua no mercado chinês de higiene e cuidados pessoais sob as marcas Tempo e Tork, além de itens de cuidados femininos, cuidados infantis e para incontinência.