
A Suzano concluiu ontem, 8, uma nova emissão de títulos de longo prazo com condições atreladas ao cumprimento de metas sociais e ambientais, os chamados “Sustainability-Linked Bonds” (SLB). A captação foi finalizada com a emissão de US$ 500 milhões em títulos internacionais, mas atraiu demanda total de US$ 3,4 bilhões, ou 6,8 vezes o tamanho da operação.
Os títulos emitidos vencerão em 2028, com cupom de 2,5% ao ano. O retorno total ao investidor (yield) é de 2,70% ao ano – a menor taxa da história para uma emissão de empresa brasileira no prazo de sete anos, segundo bancos que participaram da transação. A alocação final obteve 60% de investidores com perfil ESG (ambiental, social e de governança corporativa, na sigla em inglês).
Nesta operação, as duas metas previstas pela Suzano são a redução, em 12,4%, da intensidade de água captada nas operações industriais, do valor de referência de 29,8 m³/t em 2018 para 26,1 m³/t até 2026, e a ampliação da presença de mulheres em postos de liderança da meta de 16% em 2019 para 30% até 2025.
A Suzano foi a primeira companhia das Américas e a segunda empresa do mundo a emitir SLBs. Também foi a primeira organização global a realizar emissão acompanhada de um documento descrevendo a operação aos investidores, o chamado Framework.
Desde 2020, a gigante de celulose realizou quatro operações (três emissões originais e uma reabertura), com uma captação total de US$ 2,75 bilhões. Com a nova operação, além de emissões anteriores nos formatos green bonds e Sustainability-Linked Loan, a Suzano já tem 39% de sua dívida atrelada a compromissos ESG. No final de 2019, esta participação era de apenas 9%.
Caso a companhia não atinja as metas propostas nesta operação, o valor de remuneração aos investidores detentores dos títulos será acrescido de uma taxa de 25bps para cada compromisso não cumprido, podendo totalizar 50bps adicionais.
Para acompanhar a evolução das metas de longo prazo da Suzano, acesse: http://centraldeindicadores.suzano.com.br/metas-longo-prazo/.