Leilão de terminais atraem Suzano e Klabin
A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) lançou, na sexta-feira, os editais do leilão de mais três áreas: duas no porto de Paranaguá (PR) – uma para veículos e outra para celulose – e uma no porto do Itaqui (MA) também para celulose. O leilão ocorrerá no dia 27 de julho, na B3.
Ao menos duas empresas são apontadas interessadas no certame. As fabricantes de celulose Suzano e Klabin, a primeira em Itaqui e a segunda na área que será dedicada à movimentação da carga em Paranaguá, apurou o Valor.
Os lotes serão licitados separadamente. Vence quem der o maior valor de outorga a partir de R$ 1,00. O objetivo do governo com os leilões de portos, ao menos até aqui, não é arrecadatório, mas promover investimentos.
A previsão de desembolsos nos três terminais soma R$ 382 milhões, a serem feitos ao longo dos 25 anos prorrogáveis até o limite de 70 anos, conforme regra prevista no Decreto dos Portos, de 2017. Originalmente os investimentos combinados chegavam a R$ 395 milhões, mas foram revisados após recente alteração no custo médio ponderado do capital de 10% para 8,03%. Os valores a serem pagos pela exploração da área e carga movimentada também foram alterados.
O lote PAR01, destinado à movimentação de celulose, tem 27.530 metros quadrados. Segundo o edital, o vencedor deverá arcar com um aluguel mensal pelo uso da área de R$ 142,4 mil e R$ 4,94 por tonelada movimentada. O investimento previsto é de R$ 87 milhões.
Quem levar o PAR12, de 170,2 mil metros quadrados destinado à operação de veículos, deverá pagar à administração portuária R$ 76,8 mil mensais e mais R$ 18,80 por tonelada movimentada. O investimento é de R$ 80,1 milhões.
Já o lote de Itaqui, o IQI18, tem 53.545 metros quadrados e investimentos previstos de R$ 214,8 milhões. Para usar a área, o arrendatário desembolsará uma taxa mensal fixa de R$ 48,5 mil e R$ 1,18 por tonelada movimentada.
O leilão integra a carteira do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI). Na sexta-feira duas outras áreas do PPI foram licitadas no porto de Belém (PA) para armazenagem e distribuição de GLP. As empresas Bahiana Distribuidora de Gás e Liquigás arremataram um lote cada, em um certame sem concorrência realizado pela Companhia Docas do Pará (CDP). A CDP tentou licitar uma terceira área, mas não houve interessado.
Valor Econômico