Segmento de tissue tem alta de 15% nas vendas do primeiro semestre
Segundo a Abihpec, as vendas ex-factory cresceram 10% em todo o setor de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos
Segundo o painel de dados de mercado da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), o segmento de tissue cresceu cerca de 15% em vendas ex-factory no primeiro semestre de 2022, ante o mesmo período em 2021, com a categoria de papel higiênico sendo protagonista desse desempenho positivo.
Já no segmento de higiene pessoal, as vendas ex-factory tiveram aumento de 6% em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto em perfumaria, o crescimento foi de pouco mais de 16%. Desse modo, os resultados positivos impulsionaram o setor de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos (HPPC) a um avanço total na ordem de 10% para o semestre, na comparação anual.
De acordo com a associação, o cenário cada vez mais sólido de retorno da população à rotina de compras foi um dos responsáveis pelos bons resultados, recompondo gradualmente as margens dos produtos de cuidados pessoais. O potencial de consumo também tem sido valorizado pela desaceleração do desemprego e pelos recursos adicionais na economia, como as novas parcelas do Auxílio Brasil.
O auxílio emergencial totalizou uma injeção de aproximadamente R$ 22,3 bilhões na economia durante o primeiro semestre, segundo o Portal da Transparência. Além disso, outros R$ 41,25 bilhões de recursos foram aprovados para o segundo semestre, apontando boas perspectivas de consumo.
A entidade também reforça a importância do setor de HPPC durante os anos de 2020 e 2021, que trabalhou para segurar o repasse do aumento de custos para o consumidor final, diante do contexto da pandemia e das dificuldades econômicas.
O setor fechou o ano de 2021 com inflação média, sete pontos percentuais abaixo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que foi de 10,1%. Até julho de 2022, seguiu abaixo do IPCA, com 8,5% contra 10,1%, nos últimos 12 meses. Em agosto, foi a primeira vez que o índice acumulado dos últimos 12 meses (IPCA) do setor fechou em 11,9%, ficando acima da média inflacionária geral, de 8,7%.
“Isso ocorreu por conta da necessidade dos fabricantes, de recomposição das margens, já que o setor não estava repassando os custos há algum tempo. Os resultados de 2020 foram impactados pela pandemia; em 2021, os reajustes ficaram abaixo da inflação geral e o que se vê agora é resultado desse movimento de recomposição das margens”, comenta João Carlos Basílio, presidente-executivo da Abihpec.