Renova, empresa Portuguesa que reinventou o papel higiênico, quer ser global
Confrontado com o desafio de transformar algo tão básico como papel higiênico em um produto atraente, a empresa portuguesa Renova foi capaz de “reinventar” o conceito e tornar-se uma marca reconhecida que agora enfrenta o desafio de ser global.
“Foi um produto tabu, quase ninguém falava, se sentiam envergonhados de mencioná-lo, e conseguimos criar um ícone que as pessoas podem ver ou não, mas tem uma opinião sobre isso”, resume em entrevista à EFE o presidente da empresa Paulo Pereira da Silva.
Seu escritório é um reflexo do laboratório de idéias em que a empresa se tornou. Fórmulas matemáticas para inspiração, um telescópio, palavras que enchem um quadro negro e rolos de papel de cores vivas (precisamente aqueles que provocaram a popularidade da Renova) fazem parte do espaço.
Um deleite raro para o cargo de presidente de uma empresa com um volume de negócios anual de cerca de 130 milhões de euros, que está presente em 60 países, com 600 trabalhadores e produz cerca de 100.000 toneladas de papel por ano.
Pereira da Silva admite que seu objetivo final seria converter Renova a outra coisa, “uma ideia”, e cita o caso da Apple, a seguir.
“A Apple é uma idéia, não só vende computadores, vende mais, há um relacionamento com quem compra (…). Eu gostaria de ser como a Apple, mas ainda há muito a fazer”, assumiu.
Após 30 anos no negócio, 19 deles como presidente, explica que sua meta para alcançar o topo, foi “não só olhar para a essência do papel, mas ir além e sofisticar as embalagens, cores, estampas, design, e criar uma conexão com as pessoas. “
“Fomos os primeiros no mercado a produzir papel perfumado e é algo que eu me orgulho, especialmente porque agora é um produto inovador que é achado aqui e em todos os lugares”, lembra Pereira da Silva.
Renova considera “o compromisso com a internacionalização e inovação”, suas principais realizações, como têm permitido à empresa estabelecer-se como uma marca reconhecida que é vendido em dois grandes hipermercados, especialmente na Europa e agora acabou de entrar EUA e Canadá.
A Renova tem duas fábricas na pequena cidade de Almonda, onde toda a frota, inclusive, está alinhada com sua publicidade moderna e chamativa, fazendo contraste com um ambiente tão rural.
Uma planta é praticamente reservada para o trabalho administrativo, sem divisões, pode-se até mesmo ver algumas luvas e um saco de pancadas para liberar a tensão, um estilo informal de trabalho de “gigantes” como “Google”.
A empresa está aberta a propostas externas e incentiva essa relação e essa troca. “Para mim, é a chave para estimular o surgimento de novas idéias, e assim nós encorajamos os trabalhadores de diferentes áreas da empresa para tomar um café e conversar.”
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