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Quem ficará com a Fibria e se tornará a maior empresa de celulose do mundo?

Concorrente brasileira tem maior chance de levar a disputa, mas aumento da dívida preocupa o mercado

Considerada uma das maiores produtoras de celulose do mundo, a Fibria está sendo disputada pela concorrente brasileira Suzano, fusão que o mercado especula por muito tempo e que efetivamente ganhou corpo no mês passado, como pela holandesa Paper Excellence, que nesta segunda-feira (12) inesperadamente entrou na briga. Com duas gigantes no páreo, fica a pergunta: quem vai levar essa disputa e se tornar a maior empresa de celulose do mundo?
Pela andar das negociações, que estão abertas desde o mês passado, grande parte do mercado acredita que a Suzano que ganhará essa disputa. Inclusive, segundo informações publicadas hoje pelo Valor Econômico, a brasileira já fechou toda estrutura de financiamento para a compra da Fibria, em um negócio avaliado em até US$ 12 bilhões, ou seja, algo próximo de R$ 70,00 por ação. Considerando o último fechamento do papel, a Suzano pretende oferecer um prêmio de 3,6% pela concorrente.

De acordo com o jornal, a operação está agora nas mãos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que possui 29% das ações ordinárias da Fibria, que também está avaliando a oferta inesperada da Paper Excellence. Segundo informações do Valor, a holandesa está oferecendo R$ 67 por ação + variação do CDI (Certificado de Depósito Interbancário) até a conclusão do negócio, como uma cláusula avaliada em R$ 4 bilhões para assumir todo o risco da operação caso a transação não se concretize.

Colocando as propostas lado a lado, os analistas do Bradesco apontam que o valor por ação oferecido pelas duas empresas equivale a R$ 70 por ação, mas a Suzano está um passo à frente da sua rival, uma vez que já estruturou uma proposta: “parece que a empresa brasileira está em estágio mais avançado para comprar a Fibria neste momento”, destaca a equipe do banco. Vale lembrar que a Paper Excellence acabou de desembolsar R$ 15 bilhões pela Eldorado Celulose.

Ganhos (e perdas) com a aquisição
Segundo as estimativas, a compra da Fibria pela Suzano deverá gerar uma sinergia de R$ 1,6 bilhão ao ano no Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização). Contudo, uma compra deste porte impacta também no nível de endividamento, uma preocupação constante do mercado com a empresa e que inclusive leva a forte queda dos papéis nesta segunda-feira.

Considerando a geração potencial de Ebitda com as sinergias, os analistas do Bradesco calculam que a relação de Dívida Líquida / Ebitda da empresa combinada seria de 4 ate 4,2 vezes, ou seja, deve dobrar frente ao reportado no último trimestre de 2017.

Infomoney

 

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