Exportações
A Ibá (Indústria Brasileira de Árvores) apresentou recentemente os dados sobre a produção e balança comercial do setor de celulose, referentes ao período entre janeiro e maio de 2017. No geral, o setor manteve suas vendas estáveis no mercado doméstico em comparação ao mesmo período de 2016, não sendo abalado pela crise financeira que ocorreu no país. Além disso, houve um crescimento de 5,3% na produção de celulose e expansão de 4,7% nas exportações, levando o setor a um cenário de otimismo para os próximos meses.
A demanda por celulose brasileira manteve-se em alta no mercado internacional, sendo a China o principal destino de importação, representando mais de 43% do total exportado, gerando uma receita de US$ 1 bilhão nesse período de janeiro a maio de 2017 (aumento de 27,7% em comparação a 2016). No total, em 2017, 5,5 milhões de toneladas de celulose foram exportadas no mundo todo.
O relatório da Ibá também apresentou dados sobre a produção e comércio de papel, com o segmento de papel cartão e embalagens passando por maiores dificuldades, principalmente devido à concorrência com o mercado externo. A produção de papel cartão, por exemplo, sofreu queda de 2,2%, enquanto a importação do material cresceu em 6,3%. Por outro lado a produção de papel tissue, utilizados em papel higiênico e papel toalha, expandiu sua exportação em 55,6% em 2017, sendo o mercado mais promissor.
Já os papéis para escrita e impressão, os modelos mais comuns, também conseguiram aumentar suas exportações em 6,8%, porém enfrenta queda nas vendas domésticas (-5,9%), e aumento das importações (15,6%). Esses dados podem significar novas tendências para o setor, já que o consumo de papel para impressão deve manter-se estável a médio prazo, como explica Anderson Martins, da ImpressorAjato.com
Segundo Martins, “Ainda há grande consumo de papel para impressão, principalmente em empresas e no segmento de educação. Mas, ao mesmo tempo, há um aumento na aquisição de multifuncionais e scanners para digitalizar todos os documentos, reduzindo a quantidade de papel no local. Com isso o setor tira um pouco o foco desse tipo de papel, e aumenta produção dos modelos mais lucrativos, como o tissue, liberando espaço para o A4 vindo da Ásia”.
O saldo da balança comercial do setor brasileiro de árvores plantadas atingiu US$ 2,9 bilhões no período de janeiro a maio de 2017, alta de 4,9% em comparação a 2016. No acumulado do ano, o setor registrou um total de exportações de US$ 3,3 bilhões, 3,2% acima do registrado em 2016. Já as vendas externas de celulose alcançaram US$ 2,4 bilhões (+4,1%), as de papel US$ 767 milhões (-2,0%) e as de painéis de madeira US$ 113 milhões (+25,6%).
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