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Na média das cinco instituições financeiras consultadas pelo site do Valor Econômico – Santander, Itaú BBA, HSBC, Citi e Morgan Stanley -, os analistas esperam um prejuízo líquido de R$ 203,6 milhões no quarto trimestre de 2014. As estimativas variam de perdas de R$ 100 milhões (Morgan Stanley) a R$ 384 milhões (HSBC). A expectativa média representa um aprofundamento de 10% no prejuízo de R$ 185 milhões de igual período de 2013.
A receita da empresa deve avançar 3%, na base de comparação anual, para R$ 2 bilhões, segundo a média das cinco casas. Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) tem expectativa de alta de 5,6%, para R$ 869 milhões. Na base de comparação trimestral, porém, o avanço do Ebitda deve ser significativo, de mais de 41%.
“Esperamos que o ritmo dos resultados operacionais da Fibria continue positivo, sem surpresas”, preveem os analistas Felipe Reis e Renato Maruichi do Santander. O banco prevê volume de celulose de 1,39 milhão de toneladas, estável frente ao trimestre anterior devido à ausência de paradas para manutenção no trimestre, mas com queda de 3% na base de comparação anual. Quanto ao prejuízo líquido, calculado pelo Santander em R$ 170 milhões, os analistas esperam que o impacto do câmbio sobre a dívida seja em parte compensado pelo benefício fiscal do Reintegra.
O Itaú BBA destaca a depreciação do real, volumes estáveis de celulose e menor custo devido a menos gastos com paradas para manutenção, para estimar um Ebitda de R$ 852 milhões, num avanço de 40% em relação ao trimestre imediatamente anterior. “O momento de fortes lucros da Fibria deve continuar no primeiro trimestre de 2015, com preços da celulose em dólar estáveis ou ligeiramente melhores e contínua desvalorização cambial”, preveem os analistas.
O HSBC espera que a relação entre dívida líquida e Ebitda (em dólar) permaneça em 2,5 vezes, “pois o impacto positivo da expansão de margem Ebitda é neutralizado pelo reflexo negativo da desvalorização da moeda na dívida”. O banco destaca que os analistas estarão de olho na opinião da administração sobre os preços da celulose e o cenário da demanda. Também o cenário de custos e escopo de ganhos adicionais a partir da receita de energia devem merecer atenção, assim como a atualização quanto à expansão da fábrica de Três Lagoas II, em Mato Grosso do Sul, e possíveis fusões e aquisições.
Valor Econômico