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Prejuízo da Eldorado Brasil cai 88% no 2º trimestre, para R$ 60 milhões

Eldorado

A Eldorado Brasil Celulose, produtora da matéria-prima da J&F Investimentos, que é dona também da JBS, registrou prejuízo líquido de R$ 60,4 milhões no segundo trimestre, um queda de 88% frente à perda de R$ 487 milhões registrada um ano antes. Esse desempenho reflete o resultado operacional mais forte e a melhora na linha financeira, que ficou negativa em R$ 253 milhões no trimestre – frente a R$ 505 milhões negativos no mesmo período de 2013.

“Caminhamos para a posição de reverter o prejuízo para lucro. A tendência é inequívoca”, disse ao Valor o diretor financeiro da companhia, Hélio Novaes. As margens também tendem a melhorar, conforme o executivo, à medida que a fábrica alcance maiores volumes de produção, proporcionando diluição dos custos.

De abril a junho, a companhia obteve receita líquida de R$ 553 milhões, alta de 31% na comparação anual, impulsionada pelo maior volume de vendas (406 mil toneladas). A fábrica da Eldorado, que entrou em operação no fim de 2012, produziu 408 mil toneladas de celulose no segundo trimestre, com crescimento de 20% frente ao volume produzido um ano antes.

Neste momento, reiterou Novaes, a unidade já opera com ritmo de 110% da capacidade instalada, de 1,5 milhão de toneladas por ano, e em 2015, essa capacidade deve alcançar 1,7 milhão de toneladas anuais.

O resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) trimestral alcançou R$ 161 milhões, 50,5% acima do registrado no mesmo intervalo de 2013, com margem Ebitda de 29%, frente a 25,3% um ano antes. Volume de vendas e “custos mais competitivos” impulsionaram o resultado.

Das vendas trimestrais da companhia, 90% corresponderam ao mercado externo e 10%, ao interno. A Ásia foi o principal destino da celulose da Eldorado, com participação de 42%, seguida de Europa (34%), América do Norte (13%) e América Latina (1%).

De janeiro a junho, foram plantados mais de 28 milhões de árvores de eucalipto, totalizando 179 mil hectares de florestas próprias. Em evento da indústria nesta semana, o presidente da companhia, José Carlos Grubisich, disse que a Eldorado tem conseguido “bons resultados” com a estratégia de arrendar 100% das terras necessárias ao plantio de florestas, sem abrir mão da gestão florestal.

“Decidimos vender as terras que estão além do raio médio de 100 quilômetros e, então, estamos colhendo o eucalipto que está mais distante. Estamos reduzindo no tempo a madeira de terceiros com raio médio [distância entre floresta e fábrica] maior. No início de 2016, o raio médio será da ordem de 110 quilômetros”, afirmou Grubisich. Ao fim de junho, a dívida líquida da Eldorado era de aproximadamente R$ 6,9 bilhões.

 Valor Econômico

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