
A partir de 1º de outubro, os preços da tonelada da celulose passarão por um novo reajuste nos mercados consumidores da Ásia e das Américas, mantendo, assim, a tendência de alta, de acordo com o relatório semanal de acompanhamento do setor do Credit Suisse. Por outro lado, o mercado europeu passa por uma lenta recuperação, ainda pressionado pelos efeitos da pandemia de Covid-19.
Segundo o relatório assinado pelos analistas Caio Ribeiro e Gabriel Galvão, o produtor russo Ilim Group anunciou que o preço da celulose de fibra longa (BSK) teria um aumento de US$ 40 na tonelada para os consumidores chineses nos pedidos feitos em outubro, enquanto a Arauco informou que a modalidade de papel BKP alcançaria o preço de US$ 620 antes do final de 2020.
Também está previsto um aumento de preço nas Américas. A fabricante Domtar anunciou que o papel BSK teria um aumento de US$ 30 por tonelada a partir de 1º de outubro na América do Norte, enquanto a Resolute Forest anunciou que os consumidores receberiam aumentos na celulose de fibra longa NBSK e a polpa SBSK. Fontes da indústria apontam que nenhuma das duas companhias terá aumento para a celulose fluff.
Na Europa, porém, o mercado do papel CWF “continua a sofrer os efeitos da propagação do coronavírus”, sobretudo, devido às quarentenas no continente durante o terceiro trimestre, apesar de as restrições terem diminuído ao final do segundo trimestre deste ano.
Dados da Associação Europeia de Produtores de Papel Gráfico (Euro Graph) mostram que a demanda por CWF na Europa teve queda de 45,7% na comparação anual no mês de abril; em maio, o recuo foi “ainda mais acentuado” e atingiu 57,5%. Os números de junho, por sua vez, indicam uma leve recuperação, com queda de 35,2% na comparação anual, alcançando uma demanda de 187 mil toneladas.