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Melhor gerenciamento do consumo de água no processo de produção de tissue é crescente

Entre todas as operações globais da K-C, a brasileira foi a que apresentou maior redução de consumo

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Para produzir uma tonelada de papel higiênico no Brasil, a Kimberly-Clark consome seis mil litros de água. Em 2010, esse volume era de 25 mil litros, quatro vezes maior. “Entre todas as operações globais da K-C, a brasileira foi a que apresentou maior redução de consumo”, destaca Sérgio Montanha, diretor de operações da Kimberly-Clark Brasil.

Diversas medidas levaram a esse resultado, de acordo com Montanha. Em parceria com a ONG The Nature Conservancy (TNC), a empresa passou a fazer o cálculo de sua pegada hídrica, a fim de chegar à quantidade de água que era necessária para a fabricação de um produto.

A partir disso, instituiu um plano de trabalho que abrangeu, por exemplo, a adoção de cisternas para captar água de chuva em suas fábricas, recursos que passaram a ser utilizados para limpeza ou jardinagem. Essa prática, inclusive, contribuiu para diminuir os volumes captados em rios em cerca de 30%. A empresa também tem investido, desde 2010, US$ 1,5 milhão ao ano em projetos de redução de consumo, o que inclui o tratamento da água utilizada em seus processos antes de devolvê-la ao meio ambiente.

Medidas como essas, voltadas a gerenciar o consumo de água em todo o processo produtivo, tem adesão crescente das empresas no Brasil. “A motivação tem sido voluntária, entendida como inovação nos processos, ou provocada pela recente crise hídrica”, avalia Beatriz Kiss, gestora de projetos do Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getulio Vargas (FGV).

Para atender empresas que têm interesse em gerenciar o consumo de água ao longo da produção de bens e serviços, a FGV criou, em 2016, a Iniciativa Ciclo de Vida Aplicado (CiViA). Com um grupo de 28 empresas, de setores diversos, vem desenvolvendo estudos, a partir das próprias experiências das participantes, para mensurar e quantificar o impacto climático dos produtos.

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