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Lucro da Fibria cai 22% no primeiro trimestre

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A fabricante de celulose Fibria apresentou lucro líquido atribuível aos acionistas – o que serve de base para a distribuição de dividendos – de R$ 17 milhões no primeiro trimestre de 2014, com recuo de 21,9% na comparação anual. O ganho líquido consolidado (que inclui participações minoritárias) foi de R$ 19 milhões.

O lucro do trimestre sofreu influência negativa da despesa com o resgate total de bônus 2020 no valor de R$ 303 milhões. Sem considerar o impacto da recompra do título, o lucro líquido ficaria em R$ 219 milhões.

Ante o prejuízo do quarto trimestre, a melhora é explicada pelo avanço no resultado financeiro, com o impacto da valorização do real frente ao dólar sobre a dívida. Outro benefício foi a redução da despesa com imposto de renda e contribuição social em razão do impacto da adesão ao Refis no quarto trimestre.

Nos meses de janeiro, fevereiro e março, a receita líquida da fabricante atingiu R$ 1,64 bilhão, crescimento de 13,3% na mesma base de comparação. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado subiu 20% no período, para R$ 679 milhões. O indicador é ajustado por itens não recorrentes, sem impacto caixa e inclui resultado de aplicações financeiras, variações monetárias e cambiais, marcação a mercado de instrumentos de hedge e juros.

Segundo a companhia, o aumento de 20% no Ebitda é resultado do maior preço líquido da celulose em reais, com a variação cambial, parcialmente compensado pela queda do preço médio da celulose em dólar.

O indicador de alavancagem da empresa medido pelo dívida líquida sobre Ebitda saiu de 2,8 vezes no fim de dezembro para 2,4 vezes no fim de março.

No primeiro trimestre, a produção de celulose da Fibria atingiu 1,277 milhão de toneladas, leve alta de 1% na comparação anual. As vendas do produto nos três meses ficaram estáveis, em 1,188 milhão de toneladas.

A produção de celulose foi prejudicada por paradas programadas de fábricas para manutenção e pela quantidade menor de dias de produção. Com a estabilidade das vendas, os estoques ficam em 56 dias no trimestre.

A empresa afirmou no relatório da administração que a expectativa para 2014 é de um “ano desafiador” para o mercado de celulose, mas o atraso na chegada das novas capacidades no setor evitou a sobreoferta previamente esperada para os primeiros meses do ano.

“Embora os fundamentos de mercado tenham se mantido favoráveis, a combinação entre a perspectiva da entrada das novas capacidades e a dúvida sobre a sustentabilidade da demanda na China, exacerbada pelo impacto do feriado do ano novo chinês, criou um ambiente favorável a uma pressão em cima dos preços, ocorrida principalmente na Ásia, no fim do trimestre”, diz a companhia.

Nos próximos meses, a concentração de paradas programadas de manutenção da indústria exercerá um importante papel no equilíbrio da oferta no mercado, segundo a Fibria, à medida que outras novas capacidades iniciem suas operações e os volumes estejam fisicamente disponíveis.

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A empresa diz estar preparada para enfrentar qualquer cenário adverso em relação à possibilidade de racionamento de energia elétrica em 2014, tendo em vista que é autossuficiente.

www.valor.com.br

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