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Klabin investe R$ 1 bilhão no primeiro trimestre

Os investimentos da Klabin, atingiram no primeiro trimestre R$ 1 bilhão, o dobro do valor desembolsado um ano antes, na esteira da construção da nova fábrica de celulose, em Ortigueira (PR). Somente o Projeto Puma, que envolve a instalação de uma linha de 1,5 milhão de toneladas por ano de fibra curta e longa, recebeu R$ 880 milhões no período.

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Conforme a Klabin, as obras estão caminhando dentro do cronograma previsto e, até março, contavam com avanço físico de 58%. A expectativa é a de que a nova fábrica entre em operação no primeiro trimestre de 2016.

Do valor remanescente investido no trimestre, R$ 59 milhões foram destinados à continuidade operacional das fábricas, R$ 21 milhões para as operações florestais e R$ 40 milhões foram aplicados em projetos especiais e expansões.

Em fevereiro, a empresa iniciou a produção na nova máquina de papel reciclado da fábrica de Goiana (PE), com capacidade de 110 mil toneladas anuais. Com o investimento, a Klabin mais que triplicou a capacidade de produção de papel reciclado naquela unidade, de 50 mil toneladas/ano para 160 mil toneladas/ano.

“A ampliação […] reforça a presença da Klabin na região Nordeste, que tem apresentado crescimento no consumo em setores importantes para o mercado de embalagens como alimentos industrializados, fruticultura e construção civil”, ressaltou a companhia.

Nova fábrica da Klabin, em Ortigueira-PR
Nova fábrica da Klabin, em Ortigueira-PR (2014)

Para este mês estava programada a reforma da máquina de Piracicaba (SP), que adicionará 15 mil toneladas anuais de papel reciclado. Segundo a Klabin, será “o último aumento de capacidade antes do ‘startup’ do Projeto Puma”.

Diante do elevado investimento em Ortigueira, a alavancagem financeira da empresa, medida pela relação entre dívida líquida e resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda), chegou a 4,2 vezes no fim do primeiro trimestre, frente a 3 vezes em dezembro.

De janeiro a março, a companhia registrou prejuízo líquido de R$ 728,6 milhões, revertendo ganho de R$ 607,2 milhões apurado um ano antes, pressionada pelo impacto negativo do câmbio na linha financeira. Ao mesmo tempo, o resultado operacional mostrou evolução na comparação anual, beneficiado pelo câmbio, que gerou maiores receitas na parcela destinada ao mercado externo.

A perda na última linha do balanço da companhia foi ocasionada pelo impacto negativo da desvalorização do real entre o início e o fim do trimestre na parcela da dívida que está denominada em moeda estrangeira.

Essa variação cambial teve efeito negativo de R$ 1,288 bilhão e levou o resultado financeiro líquido a ficar negativo em R$ 1,385 bilhão – um ano antes, essa linha havia ficado positiva em R$ 165,8 milhões. Ao fim de março, a dívida líquida era de R$ 7,44 bilhões, alta de 42% frente ao verificado em dezembro.

A receita líquida trimestral subiu 9% na comparação anual, para R$ 1,308 bilhão, a despeito da queda de 1% nos volumes vendidos, sem incluir madeira, para 437 mil toneladas. Já o Ebitda ajustado mostrou incremento também de 9%, para R$ 461,4 milhões, beneficiado pela melhora dos preços praticados tanto no mercado doméstico quanto nas exportações.

Valor Econômico

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