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Klabin adia investimento em novos projetos

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A Klabin vai adiar todos os planos de expansão que não estão relacionados à construção da nova fábrica de celulose, no município de Ortigueira (PR), com o objetivo a manter a alavancagem financeira dentro do limite de 4 vezes pela relação entre dívida líquida e Ebitda (resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização). A unidade fabril deve entrar em operação até março de 2016 e somente depois dessa data a companhia retomará outros projetos.

“Estamos mantendo os investimentos correntes e em manutenção. Expansões de outros tipos serão encerradas com as inaugurações previstas para agora e vamos interromper os demais investimentos”, disse o diretor-geral da companhia, Fabio Schvartsman, em encontro com analistas e investidores ontem em São Paulo.

A maior produtora brasileira de papéis para embalagens deverá encerrar 2014 com investimento ligeiramente abaixo da previsão anunciada no fim do ano passado. Agora, a Klabin prevê desembolsar pouco menos de R$ 3,4 bilhões, frente à estimativa anterior de R$ 3,565 bilhões.

Em 2015, os aportes subirão a R$ 4,1 bilhões, com foco no Projeto Puma, que engloba a nova fábrica. O investimento total no projeto é de R$ 7,2 bilhões, dos quais R$ 5,8 bilhões na área industrial.

Segundo Schvartsman, caso a Klabin se decida pelo investimento em uma nova máquina de cartões, a máquina 10, que pode entrar em operação no Paraná em 2018, os desembolsos serão iniciados depois do início de operação da fábrica de celulose, contribuirá para a geração de caixa e desalavancagem financeira da companhia.

“Não haverá, de jeito nenhum, superposição dos dois projetos. Vamos inaugurar o Projeto Puma em março [de 2016]. Em junho, se tudo correr bem, começaríamos a construir a nova máquina de cartões”, ressaltou. Essa estratégia deve impedir que a alavancagem financeira saia do controle. Neste momento, o nível de endividamento da companhia está crescendo de acordo com as previsões, conforme Schvartsman e, no pico, a dívida líquida será equivalente a 4 vezes o Ebitda. No fim de setembro, esse índice era de 2,4 vezes.

Com a nova fábrica de celulose, de 1,5 milhão de toneladas por ano, a Klabin vai praticamente dobrar de tamanho em termos de capacidade de produção, na comparação com 2013. Em 2016, poderá produzir 3,5 milhões de toneladas por ano de celulose e papel, ante 1,8 milhão de toneladas no ano passado. Em 2015, com a expansão em máquinas de papel em Goiana (PE), Angatuba (SP) e Piracicaba (SP) – os últimos investimentos em curso -, a capacidade chegará a 2 milhões de toneladas por ano.

Depois do Puma, ressaltou Schvartsman, a Klabin voltará a ter fôlego financeiro para tocar dois ou mais projetos ao mesmo tempo. Uma das prioridades será justamente em cartões. “A Klabin se prepara para um novo ciclo de crescimento. Mais 1 milhão de toneladas de cartões para líquidos serão necessárias no mundo nos próximos anos, o que equivale a duas novas máquinas de grande porte. A Klabin deve ser responsável por uma dessas máquinas”, disse.

A previsão é a de que o mercado mundial de cartões assépticos para líquidos cresça em média 4,6% ao ano até 2020. No Brasil, a taxa média de expansão deve chegar 6% ao ano.

Valor Economico

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