Hoje, uma logística eficaz é fundamental para o sucesso dos negócios e para que uma empresa possa se diferenciar das concorrentes. As estratégias nesse segmento objetivam driblar as dificuldades de armazenagem, distribuição e entrega dos produtos. Isso vale também para o setor de papel e celulose, onde o foco deve ser redobrado.
Nesse mercado, a extensa cadeia produtiva, que começa na floresta e se encerra no escoamento de uma grande gama de produtos essenciais para o dia a dia de empresas e consumidores finais, requer um planejamento logístico detalhado e estratégico.
As empresas que atuam no Brasil têm um desafio ainda maior nesse quesito, visto que, nos últimos 20 anos, o aporte em infraestrutura representou apenas 2,18% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo dados da Confederação Nacional das Indústrias (CNI). Outras economias emergentes, por sua vez, investem entre 4% e 5% do PIB para melhorar a infraestrutura, de acordo com o levantamento. O Portal de Infraestrutura ainda aponta que, no país, dos R$ 22,1 bilhões destinados para investimentos em logística, apenas R$ 7,9 bilhões são aplicados em melhorias de portos, aeroportos, rodovias e hidrovias.
Uma das maiores multinacionais do setor de papel e celulose do mundo, com atuação global, a Paper Excellence lida com diferentes realidades nas regiões onde opera e realiza constantes investimentos em suas plantas a fim de oferecer produtos com o melhor custo-benefício para clientes dos quatro cantos do planeta. “Nossa equipe de logística oferece soluções inovadoras, a partir do gerenciamento do fluxo de mercadorias utilizando várias modalidades de transporte, como marítimo, ferroviário, barcaça e caminhão”, explica Cláudio Cotrim, diretor-presidente da PE no Brasil. A logística da empresa envolve, anualmente, cerca de 5 milhões de toneladas de celulose e papel, que são fornecidas para 40 países da América do Norte, Europa, Oceania, África e Ásia.
As características do processo de logística estão diretamente relacionadas à localização da base industrial e das fontes de suprimento. Para escoar os produtos de forma mais eficiente, as empresas do segmento frequentemente adotam a integração dos modais marítimo, rodoviário e ferroviário. Cotrim conta que a Paper Excellence busca desenvolver, em todas as suas plantas, um modelo que propicie sinergia entre a logística de insumos e a expedição do produto acabado. Uma das unidades da companhia, situada no Canadá, por exemplo, dispõe um Centro de Distribuição que recebe os produtos por barcaça coberta, trem e caminhão. Do local, são embarcados cerca de 400 contêineres por semana.
O modelo logístico eficiente de uma corporação reflete diretamente na qualidade de entrega e do preço do produto, por isso, empresas de todos os ramos vêm investindo cada vez mais fortemente nesse setor. O custo logístico corporativo tem aumentado nos últimos anos, indica um estudo da Fundação Dom Cabral: em 2014, o custo médio da logística representava 11,52% do faturamento bruto das empresas, mas passou para 12,37% em 2017. O levantamento mostra que a logística representa 21,7% do faturamento das empresas do setor, ficando atrás apenas do investimento realizado pelas empresas do segmento de mineração (26,1%). No caso da indústria de papel e celulose, dada sua complexidade e extensão da cadeia logística, as fabricantes estão entre as que mais apostam na área.
“Para evitar qualquer contratempo, temos especialistas em logística em todos os pontos da cadeia de abastecimento. Diariamente, eles revisam nossos planejamentos e resolvem desafios com decisões apropriadas para garantir que nossos produtos sejam entregues sem danos e dentro do prazo aos nossos clientes”, diz Cotrim. “Além disso, privilegiamos modelos de transporte econômicos e sustentáveis para reduzir nossa pegada de carbono”, conclui.