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A empresa – que se tornou a fabricante de polpa mais endividada da América Latina após uma onda de expansão – começa a reconquistar investidores à medida que os gastos começam a dar frutos.
A fábrica de US$ 3 bilhões da Suzano no Maranhão (MA) ajudou a impulsionar sua capacidade de produção de polpa em 80%, possibilitando à empresa cortar os gastos de capital e gerar dinheiro suficiente para reduzir a dívida.
“O projeto no Maranhão agora está finalizado e a Suzano parece comprometida a reduzir a alavancagem”, disse Klaus Spielkamp, diretor de renda fixa na Bulltick Securities LLC. “A empresa dará um salto se seguir adiante”, acrescentou.
O ganho médio para os 355 títulos junk em mercados emergentes foi de 4,8%. Os rendimentos nos títulos da Suzano caíram 1 ponto percentual para a maior baixa em um ano, de 5,2%. Em outubro de 2011, os rendimentos dos títulos da Suzano subiram ao recorde de 7,8% e os níveis de dívida custaram à companhia seu grau de investimento.
Perspectiva de classificação
“A alavancagem continuará a cair durante os próximos trimestres”, disse o CEO da Suzano, Walter Schalka. A empresa está analisando a venda de títulos para comprar de volta dívida mais cara e estender o vencimento, disse ele.
A Suzano está classificada dois níveis abaixo do grau de investimento como BB pela Standard Poor’s e como o equivalente a Ba2 pela Moody’s Investors Service. O analista da S&P, Diego Ocampo, disse que a empresa de classificação pode revisar a perspectiva do grau de negativo para neutro se a taxa de endividamento da Suzano for cinco vezes menor até o fim do ano. “Ela está no caminho certo”, disse Ocampo.
Frederico Tebechrani, analista de pesquisa de crédito corporativo do Banco Pine, disse que é improvável que os títulos da Suzano obtenham mais ganhos, pois os benefícios da nova fábrica já estão refletidos nos preços de vendas. “Somos neutros em relação a este título”, disse ele. “Agora que a nova fábrica já está em funcionamento, o processo de desalavancagem já está incluído no preço”, concluiu.
A Suzano disse que as vendas aumentaram 19% para R$ 1,4 bilhão no primeiro trimestre, uma alta recorde para um primeiro trimestre. A alavancagem da empresa continuará a cair à medida que a maior produção oriunda da fábrica do Maranhão impulsionar a receita, de acordo com Alan Glezer, analista de polpa e papel no banco de investimento Bradesco BBI.
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