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Alguns investidores têm especulado que a J&F poderia vender ativos para pagar uma multa de 10,3 bilhões de reais no âmbito de um acordo de leniência com o Ministério Público Federal (MPF) por sua participação em um esquema de corrupção.
Segundo Penido, o foco da empresa é crescer organicamente na área de celulose, por meio do projeto Horizonte 2, em Três Lagoas (MS). “Estamos investindo 2 bilhões de dólares neste projeto, que vai sair com pequena antecipação de prazo, dentro do orçamento e nos coloca na escala desejada”, afirmou.
Conforme ele, o projeto Horizonte 2 deve entrar em operação em setembro deste ano, um mês antes do planejado.
Questionado se haveria espaço para novos reajustes de preço após o início da produção na nova unidade, o executivo disse que vê “equilíbrio no mercado de celulose”, dado o crescimento da classe média e do consumo das famílias, principalmente na Ásia.
A Fibria, maior produtora de celulose de eucalipto do mundo, anunciou na semana passada novo aumento de celulose para América do Norte, Europa e Ásia a partir de 1º de junho.
Penido ainda afirmou que, além da produção de celulose, a Fibria também empenha esforços na área de tecnologia por meio de parcerias. Em novembro de 2016, lembrou, a empresa adquiriu participação de 8,3 por cento na canadense CelluForce, para produção de nanocelulose.
Outro foco da estratégia de negócios da companhia é a sustentabilidade e integração das comunidades produtoras parceiras. Na unidade Aracruz, no Espírito Santo, a Fibria já origina cerca de 20 por cento da madeira por meio de um programa de fomento à agricultura chamado Poupança Florestal. Penido diz que a empresa pode expandir esse percentual a 50 por cento nos próximos 20 a 30 anos.