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Esta é expectativa da empresa, que arrendou uma área de 33 mil metros quadrados no Macuco, em 2015, e estima investir R$ 160 milhões na nova unidade. Os trabalhos já começaram com a desmontagem do Armazém 32 do complexo.
A área arrendada pela Fibria compreende o lote STS07, arrematado em 9 de dezembro de 2015, no primeiro leilão portuário organizado pelo Governo Federal desde a promulgação da Lei 12.815, a Lei dos Portos, de 2013.
A área foi alvo da única disputa do leilão (os outros dois lotes tiveram apenas um interessado cada). A Fibria levou a melhor, pagando R$ 115,047 milhões. Sua proposta inicial era de R$ 110.047 milhões. Já a Eldorado do Brasil ofertou R$ 95 milhões pelo lote. A partir daí, foi aberta a disputa, na qual cada empresa aumentou seus lances em R$ 500 mil até o valor final.
Mais de um ano após o arrendamento, a Fibria iniciou a desmontagem do Armazém 32, que será demolido. A autorização foi expedida pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) no último dia 30.
A partir daí, a operadora portuária iniciou a desmontagem das partes elétrica e metálica do armazém. A última etapa será a demolição, que vai acontecer em seguida.
No local, será construído um novo galpão. Segundo informações da Fibria, ele terá capacidade anual de movimentação de 1,8 milhão de toneladas de celulose. Sua implantação envolve duas etapas. A primeira é a atual, que inclui a demolição e a construção do novo armazém. A fase seguinte compreende o adensamento de áreas no Macuco, que depende das obras de construção do próximo trecho da Avenida Perimetral da Margem Direita do Porto de Santos, entre o Canal 4 (Macuco) e a Ponta da Praia.
Com a construção da avenida, as linhas férreas que hoje passam no meio dos terminais dessa região portuária serão realocadas para o limite da zona de cais, rente à nova via perimetral. Como resultado, as instalações terão suas áreas unificadas.
O projeto do novo viário nesse trecho também prevê a revitalização da Avenida Mário Covas (antiga Avenida dos Portuários, onde a via será implantada), que tem 3,5 quilômetros. Ela ganhará nova pavimentação asfáltica e terá sua iluminação pública remodelada.
Atualmente, a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), estatal que administra o Porto de Santos, estuda conciliar o cronograma da obra com a programação dos projetos realizados pelos terminais marítimos locais – no caso, Fibria e Libra Terminais (o T-33, o T-35 e o T-37).
Segundo a Companhia Docas, a área arrendada pela Libra, que teve a renovação do contrato autorizada pelo Governo Federal no ano passado, conflita com o projeto ferroviário nas imediações do T-37, na Ponta da Praia. Já no caso da Fibria, o local para onde seria transferida a Estação Elevatória de Esgotos do Canal 5 fica dentro da área arrendada.
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