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Fibria anuncia obra de até R$ 80 milhões no Portocel, ES

fibriaO Portocel, em Aracruz, Norte do Espírito Santo, deve receber investimentos de R$ 70 milhões a R$ 80 milhões, segundo informou o presidente da Fibria, Marcelo Castelli. O valor ainda será confirmado por acionistas. A reforma inclui melhorias e modernização em um armazém, reforços nos berços e dragagem em Barra do Riacho.

De acordo com Castelli, parte das intervenções já está acontecendo, como é o caso da dragagem. “Estamos fazendo uma dragagem não de manutenção, mas uma dragagem adicional para aumentar a capacidade e receber navios que operam em águas mais profundas. Estamos tentando, dentro da licença que temos para operar, maximizar o resultado do porto.”

Em relação ao armazém, Castelli explicou que ele será adaptado e terá uma área já preparada para o projeto de expansão, contribuindo para viabilizar o aumento de carga no principal porto especializado no embarque de celulose do mundo.

Ele garantiu que o projeto de expansão se mantém vivo e citou que o processo de engenharia, detalhamento de cargas, avaliação de retroárea, estudos de manobrabilidade e outras análises estão em curso.

“Talvez tenhamos um ajuste no prazo de implantação do porto em função de algumas questões a serem interpretadas no âmbito Brasil. Algumas das cargas que imaginávamos ser potenciais para os clientes, via Portocel, ficaram com os planos um pouco congelados até que tenhamos uma visão melhor da situação econômica do país”, ponderou o presidente da Fibria, que prevê o desenrolar da ampliação para 2017.

Fábrica
Outro empreendimento que está no radar da Fibria é a construção de uma fábrica de bio-óleo, investimento da ordem de R$ 500 milhões. Já em fase de licenciamento e negociação de contratos, a grande questão do projeto é se ele irá ser implantado no Espírito Santo ou em São Paulo.

Marcelo Castelli afirmou que a companhia ainda não bateu o martelo, mas citou que os dois Estados têm suas vantagens. A unidade no Espírito Santo teria a proximidade com Portocel, mas os portos de São Paulo oferecem um fluxo maior de navios, o que reduz o custo.

“Estamos otimistas, mas precisamos fechar alguns temas que são importantes. Não tem uma previsão de decisão, mas continuamos analisando com muito carinho essa primeira planta, e esperamos que não seja só a primeira. Se esse negócio tiver a escala e o potencial que imaginamos, vamos ter muitas outras unidades.”

Crítica a lei que proíbe eucalipto
O presidente da Fibria, Marcelo Castelli, afirmou ontem considerar um erro estratégico a lei aprovada no município da Serra, em abril, que proíbe novos plantios de eucalipto e estabelece o prazo de cinco anos para que as plantações existentes na cidade sejam extintas.

“A gente fica preocupado com essas proibições e com o que está por trás disso. Ao proibir um plantio desse, você pode matar uma indústria e ceifar a geração de empregos. Acho que é um tiro pela culatra pensar só em uma via. Estamos absolutamente abertos para dialogar. O diálogo com a sociedade, indústrias e federações é fundamental”.

O executivo cita ainda que na contramão dessa atitude está o Mato Grosso do Sul, que vem buscando atrair a indústria de base florestal alternativamente à cultura de grãos e à criação intensiva de gado.

G1

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