Experiência da Facepa contribui com aprimoramento da gestão logística da Suzano
A estratégia inicial da Suzano é aperfeiçoar o serviço que já era prestado pela Facepa nas regiões Norte e Nordeste, e somada às fábricas próprias, ser líder de mercado nesse grande mercado
Entre os processos que compõem as atividades logísticas de ambas as plantas de tissue da Suzano, estão Planejamento e Controle de Produção, S&OP (Sales and Operations Planning), Faturamento e Processamento de Pedidos, Customer Service, Gestão de Almoxarifados, Operações de Centros de Distribuição e Transportes. “Foi importante a possibilidade de conhecer e entender os processos praticados pela Facepa e trazer as melhores práticas para a Suzano”, conta Ricardo Gonçalves, diretor de Supply Chain da unidade de Bens de Consumo da Suzano, sobre a etapa de estruturação da logística das novas fábricas.
Atualmente, informa Gonçalves, a companhia está trabalhando na criação de processos únicos e otimizados, implementando as melhores práticas de cada uma das empresas. “Também estamos capturando as sinergias tanto do nosso footprint de atendimento a clientes quanto de fornecedores”, diz ele, em referência à presença geográfica das operações da Suzano e da estrutura de distribuição dos produtos da empresa.
Ainda sobre o trabalho em andamento, o diretor de Supply Chain da unidade de Bens de Consumo da Suzano explica que a aquisição da Facepa levou ao desenvolvimento de um estudo para definir o melhor desenho logístico para produção das marcas e o melhor centro de distribuição para atender a cada cliente, “deixando-os cada vez mais bem atendidos e com disponibilidade dos nossos produtos nas gôndolas para os consumidores”.
O mesmo vale para a cadeia de fornecedores. Segundo Gonçalves, a intenção é ter uma cadeia de fornecimento bastante competitiva do ponto de vista de custo e também com grande agilidade para responder às variações de vendas, fazendo com que a logística da Suzano seja um diferencial competitivo e ajudando o crescimento de vendas.
Abordando as principais diferenças entre o escoamento da produção de tissue – produtos leves, mas de grande volume – e os demais papéis que a Suzano fabrica e comercializa (imprimir e escrever e papel cartão), Gonçalves destaca o transporte. “Os veículos de papel são planejados e carregados pelo peso (kg), enquanto os de tissue, em volume (m³). Estamos falando, portanto, de uma mudança expressiva em nossa gestão logística, e por isso estamos analisando formas de contratação de fretes diferenciados, com o uso de veículos específicos para esse transporte”, comenta sobre o planejamento.
Independentemente da mudança relevante na estrutura de operações, a Suzano usou o mesmo sistema de sua operação de papel na implementação do projeto de bens de consumo. “A Suzano sempre trabalhou com produtos de grandes volumes. Na celulose e no papel, estamos falando de carretas que transportam mais de 20 toneladas. Além disso, o fato de já termos processos logísticos de atendimento a clientes implementados agilizou muito a nossa entrada no mercado”, garante o diretor de Supply Chain da unidade de Bens de Consumo da Suzano.
A estratégia inicial da Suzano é aperfeiçoar o serviço que já era prestado pela Facepa nas regiões Norte e Nordeste, e somada às fábricas próprias, ser líder de mercado nesse grande mercado. “Na região Norte já somos líderes e queremos ampliar ainda mais essa liderança. Temos o nosso footprint formatado para isso. Para concretizar esse objetivo, temos de atender também, com excelência, alguns clientes que operam em outras regiões. Estamos preparados para isso”, adianta Gonçalves sobre os próximos passos.
Revista: O Papel