
47º
O 47º Congresso e Exposição Internacional de Celulose e Papel, organizado pela ABTCP – Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel – de 7 a 9 de outubro, teve uma avaliação positiva, tanto pela organização quanto pelas principais empresas que participaram do evento.
“Nossa avaliação em relação a todas as atividades do evento foi muito positiva. Atingimos nossos objetivos de divulgar informações sobre tecnologias disponíveis, sobre o mercado de celulose e papel e, principalmente, conseguimos criar um ambiente de relacionamento e negócios a todos os participantes”, comenta Darcio Berni, diretor executivo da ABTCP. “O grande diferencial do evento, realizado desde a sua 1º edição em 1967 por profissionais do setor de celulose e papel, é o desenvolvimento das nossas indústrias e de seus colaboradores, por meio da troca de conhecimento, estímulo à inovação e a novas tecnologias. Diferente de outros eventos, cujos organizadores visam apenas ao lucro, no caso do Congresso e da Exposição ABTCP, os recursos gerados pelo evento visam à sustentabilidade dos projetos desenvolvidos pela nossa entidade para os seus associados, que recebem o retorno por meio dos serviços e produtos relevantes a nossa indústria”, ressa lta.
Mais de 400 profissionais do setor do Brasil e exterior e imprensa nacional e estrangeira estiveram presentes à Sessão de Abertura, e o evento teve mais de 7,3 mil visitas durante os três dias de realização. Profissionais que vieram de diversos países para participar do evento como congressistas, expositores e estudantes e visitar a exposição ou assistir às sessões técnicas, sessões temáticas sobre atualidades e perspectivas dos mercados nacional e internacional de celulose e papel. A Exposição Internacional de Celulose e Papel contou com mais de 100 expositores e, para o próximo ano, já está com mais de 60% de sua área reservada pelos expositores, que devem confirmar a participação até 4 de novembro.
“O conteúdo programático – dividido por sessões técnicas e temáticas – foi muito bem elaborado, o que gerou comentários positivos, e a sessão de abertura contou a presença de muitos profissionais do setor, incluindo CEOS e presidentes das empresas de celulose e papel, o que demonstra o grande interesse pelas companhias em estar presente neste tipo de evento”, diz Francisco Valério, presidente do Congresso ABTCP 2014. E acrescentou: “o nosso evento não deve nada em relação aos eventos internacionais”.
Na avaliação de Márcia Mastrocola, diretora de papel e celulose da Pöyry, a participação da companhia foi muito positiva, “pois enxergamos como uma oportunidade para expormos nossa marca e compartilhar as atividades que a empresa tem desenvolvido nos últimos anos, além de, claro, ser o momento ideal para estreitarmos relacionamento com clientes. Todos os anos, tradicionalmente, promovemos o café da manhã da Pöyry, que acontece paralelamente ao evento, e esse ano teve recorde de público. Após isso, nossos clientes, parceiros e convidados aproveitaram para visitar a exposição e nosso estande”, afirma Márcia.
Para a executiva, o Congresso é um grande complemento para a exposição, “pois é a oportunidade de termos uma visão geral do mercado por meio de quem atua nele. A Pöyry teve seu VP, Carlos Farinha, como convidado da Sessão de Abertura, e ele ainda fez uma palestra sobre o mercado e tendências para a Sessão Temática, que foi muito elogiada pelos participantes”.
Já para Flavio Silva, presidente regional da Voith Paper para a América do Sul, “este é um evento de grande importância para o setor e que possui um conceito diferenciado, focado no relacionamento com o público”, diz Silva, afirmando ainda que a empresa conseguiu um contato bastante intenso com os clientes, além de expor as mais modernas tecnologias, muitas delas desenvolvidas no Innovation Center da Voith Paper, sediado no Brasil.
“Foi muito positiva a proposta de integração entre a exposição e o congresso, o que contribuiu para despertar a curiosidade e o interesse para o que estava acontecendo no evento como um todo. Da mesma maneira, foi muito importante a mudança de proposta do evento técnico, que abordou, tanto temas de produção científica, orientados no sentido de elevar o patamar de competitividade, como também temas da atualidade, abordados nas sessões temáticas. Foi um passo importante no sentido de tentar encontrar um equilíbrio entre o futuro, para que seja possível traçar planos de longo prazo, e abordar as questões mais atuais”, ressalta Silva.
Para Marcio Bertoldo, diretor industrial da International Paper, “a participação em um evento de uma entidade importante, como a ABTCP, a qual reúne empresas e profissionais que conhecem profundamente nossa indústria, evidencia que estamos no caminho certo”. Bertoldo afirma ainda que participar por mais um ano da Exposição estimula as equipes da International Paper a buscar, cada vez mais, o melhor atendimento às necessidades do mercado dentro de uma companhia que preza pelo desenvolvimento sustentável de seus negócios. “A integração do Congresso com a Exposição permite a nós, profissionais do setor, maior união com o mercado e oferece, ainda mais, conhecimento ao nosso dia a dia, agregando a toda a cadeia produtiva do setor de papel”, comenta.
Positiva também foi a avaliação de Silney Szyszko, diretor comercial da OJI Papéis Especiais.” A nossa relação com a cadeia de suprimentos é muito forte e participar de exposições como essa reforça nossa postura e nos posiciona de modo estratégico no mercado”, afirma. O diretor comenta, ainda, que a empresa teve a honra de ser premiada pela segunda vez na categoria Fabricante de Papéis Especiais pelo Prêmio Destaques do Setor 2014 concedido pela ABTCP e isso os deixou muito orgulhosos e certos dos caminhos que estão trilhando.
“Estar próximo dos clientes e garantir a qualidade dos produtos, com investimentos contínuos, são os pilares estratégicos que permitiram sermos reconhecidos e coroados. Isto nos motiva ainda mais para os próximos anos e nos dá esperança que novos horizontes se abrirão”, ressalta. “Para nós, foi uma oportunidade muito gratificante de estarmos no maior evento do setor com os representantes das maiores indústrias da área. A integração entre congresso e exposição foi positiva em todos os sentidos, uma vez que reuniu os principais representantes das empresas para discutir sobre os desafios do setor e, ao mesmo tempo, tratar sobre os negócios e parcerias das companhias”, finaliza.
A ABTCP já definiu a data do 48º Congresso e Exposição Internacional de Celulose e Papel: será de 6 a 8 de outubro de 2015 no Transamerica Expo Center. Mais informações: www.abtcp2015.org.br
O ABTCP 2014
Sob o tema “Competitividade: sua empresa está preparada para o futuro?”, o evento aconteceu entre os dias 7 e 9 de outubro no Transamérica Expo Center em São Paulo. Este ano, a Sessão de Abertura contou com a participação de Mauro Borges, ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Darcio Berni, diretor executivo da ABTCP, Larry Montague, presidente da TAPPI, Carlos Aguiar, presidente do Conselho Deliberativo do Ibá, Francisco Valério, presidente do ABTCP 2014, e Germano Vieira, presidente do IPEF – Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais.
Para o ministro Mauro Borges, “o setor de celulose e papel é muito especial para a economia brasileira, sendo o mais competitivo mesmo em um momento adverso do mercado externo, estagnado desde 2010”. Borges comentou também que o setor ainda é a grande estrela, sendo até uma referência no processo de reestruturação industrial para outros setores. “Apesar da forte concorrência com a China, o segmento de celulose e papel tem uma grande capacidade produtiva e tecnológica”, ressalta. Para suportar todos os investimentos, o ministro citou a importância do suporte do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). “Essa indústria não pode esperar. O Governo sempre foi muito atento a isso e sabe qual é a agenda do setor”, conclui.
O trabalho que a ABTCP tem realizado nos últimos anos foi elogiado por Larry Montague, CEO e presidente da TAPPI – Technical Association of Pulp and Paper Industry, entidade congênere da ABTCP e correalizadora do evento deste ano. “Acredito muito na força de trabalho dos jovens”, disse. Além disso, para ele, tal como as empresas do setor de papel e celulose, as associações desta cadeia produtiva também tiveram de se reinventar diante dos desafios econômicos e da competitividade do mundo globalizado. Para isso, a TAPPI ampliou suas atividades em vários segmentos, aproximou-se dos seus associados, bem como reviu toda a sua estrutura. “No Brasil, muitas coisas mudaram de quatro anos para cá, de maneira muito positiva. O setor de papel e celulose se tornou mais competitivo, explorando todo o seu potencial, impulsionado ainda por grandes acontecimentos, como a Copa, sediada este ano no País, e as Olimpíadas que acontecerão em 2016, trazendo gran des oportunidades para a nossa atividade.”
“Para se adaptar às mudanças, a produção norte-americana passou a apostar em novos mercados como papel cartão e embalagem, bem como tissue e papel toalha e papéis especiais, sendo fundamental para recuperar o seu crescimento. Durante os últimos seis anos, o capital começou a se recuperar gradativamente, indicando, de modo geral uma indústria mais saudável”, comentou sobre a busca das empresas norte-americanas em ganho de competitividade. Para finalizar, perguntou: “O que esperar no futuro? Novas tecnologias”.
Carlos Aguiar, presidente do Conselho Deliberativo do IBÁ – Indústria Brasileira de Árvores também falou sobre a perspectiva de futuro que acredita ser ideal: reunir os setores. “Mesmo com bons resultados, o setor perdeu competitividade, devido ao custo crescente, impostos, problemas de logística, inflação e câmbio”, ressaltou, comentando ainda que acredita muito na biotecnologia e na nanotecnologia como avanços tecnológicos no setor. “O setor cresceu muito. O passado serve como referência, mas não deve ser copiado. O setor e o País só vão crescer e serem mais competitivos se tivermos pessoas mais preparadas.”
Além dos pronunciamentos das autoridades presentes, foi feito o reconhecimento do trabalho técnico de estudante melhor avaliado, intitulado “Avaliação da flotação por ar dissolvido como alternativa de pré-tratamento de efluente de indústria de celulose e papel submetido a sistemas de membranas de microfiltração”, com a entrega de uma placa de homenagem para Larissa Quartaroli, Engenheira Ambiental, mestre em Ciências Florestais e doutoranda em Engenharia Civil – Saneamento e Meio Ambiente, que representou a Universidade Federal de Viçosa – Minas Gerais.
Durante a Sessão de Abertura foi realizado um talk show com um dos maiores especialistas em gestão do País fala sobre Competitividade e Liderança, Vicente Falconi, único latino-americano eleito pela American Society for Quality como “Uma das 21 vozes do século 21”. Sócio-fundador e consultor da Falconi Consultores de Resultado, maior organização de consultoria em gestão empresarial do Brasil, o professor Falconi criou métodos, passos, modelos e cálculos de aferição de metas e resultados financeiros para qualificar e balizar seu trabalho. Notabilizou-se também por construir uma ponte entre a esfera pública e a privada, levando para Estados e municípios premissas e conceitos adotados com êxito na administração privada. Seus princípios de gestão são conhecidos por muitos de seus clientes simplesmente como “o método”, que, nas palavras de Falconi, nada mais é do que “uma sequência de procedimentos necessários para que seja atingida uma meta”.