
Valor
A Três Lagoas Florestal, uma das maiores feiras do país neste segmento, movimentou cerca de R$ 100 milhões em negócios durante os três dias de evento. A estimativa é de Robson Trevisan, um dos organizadores. Foram mais de 7 mil visitantes que passaram pelos cerca de 70 estandes de empresas nacionais e internacionais. Além das negociações fechadas entre os expositores, a feira também teve a “Rodada de Negócios”, organizada pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), que em dois dias rendeu R$ 56 milhões.
De acordo com os organizadores, o balanço dos expositores ainda não foi fechado. Mas a previsão é que o valor seja pelo menos o dobro do alcançado nas rodadas. “Se em dois dias de rodadas de negócios, durante quatro horas, a gente alcançou R$ 56 milhões, certamente em três dias de evento nós, no mínimo, vamos igualar esse valor”, avalia Trevisan. Quase 60 empresas participaram do encontro empresarial do Sebrae. “Foi muito proveitoso. Trouxe novas empresas do setor florestal e deu novas oportunidades de negócio. Teve uma procura muito mais forte do que o imaginado”, declarou a gerente regional do Sebrae, Josi Signori.
Essa foi a terceira edição da feira, que pela primeira vez foi realizada no centro de eventos Arenamix. A Três Lagoas Florestal reúne as maiores produtoras do mercado de celulose e também os maiores fornecedores das indústrias. É considerado um dos mais importantes eventos deste tipo. Por isso, as empresas aproveitam a oportunidade para fechar negócios e também lançar novos produtos no mercado. “É um evento que já está consolidado, essa região é o maior polo produtor de celulose que nós temos no Brasil e pela presença dos clientes nós aproveitamos a oportunidade para mostrar o equipamento ao público”, conta Rodrigo Junqueira, gerente de vendas de uma multinacional que lançou durante a feira uma máquina florestal fabricada totalmente no Brasil. Outro produto apresentado pela primeira vez no país foi o robô FD 1.5, desenvolvido por uma empresa dos Estados Unidos e feito para detectar qualquer foco de incêndio em florestas, em um raio de até 10 quilômetros. “Cada dono de ativo tem uma central de monitoramento. O responsável pelo setor recebe as informações, como longitude, latitude, dados meteorológicos e define a ação para combater o fogo”, diz o diretor da empresa, Felipe Borelli, que explica que o produto não é apenas para o setor privado. “Quanto mais rápido detectar o incêndio, menos recursos vão ser gastos para combater, em um parque nacional, por exemplo”, completa.
A próxima edição do Três Lagoas Florestal está programada para 2020. Mas a cidade não deve ficar sem eventos nesse intervalo. Segundo Robson Trevisan, a capital mundial da celulose deve ser sede de outras feiras. “O índice de satisfação dos expositores foi alto. A gente deve fazer mais um ou dois evento até 2020, de menor porte, mas voltados a negócios também, mas com outra abordagem”, finaliza.
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