Empresa
A Eldorado Brasil Celulose, da J&F Investimentos, dos irmãos Joesley e Wesley Batista, fechou o segundo trimestre de 2017 com prejuízo de R$ 1 milhão, ante um lucro líquido de R$ 411 milhões no mesmo período do ano passado.
Segundo José Carlos Grubisich, presidente da Eldorado, o resultado foi impactado negativamente em R$ 375 milhões pela variação cambial no trimestre.
De abril a junho de 2017, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu R$ 475 milhões, um avanço de 2% ante igual intervalo do ano passado, com margem Ebitda passando de 59% para 58% no período.
A receita líquida somou R$ 824 milhões no segundo trimestre, expansão de 5% ante o registrado no ano passado.
A dívida líquida da Eldorado em junho chegou a R$ 7,846 bilhões, um aumento de 2% tanto na comparação com o trimestre exatamente anterior, como também com o segundo trimestre de 2016.
A alavancagem – medida pela relação dívida líquida e Ebitda – ficou em 4,4 vezes, ante 4,3 vezes no primeiro trimestre de 2017 e 3,8 vezes no segundo trimestre do ano passado.
De abril a junho deste ano, o volume de produção de celulose avançou 23%, para 440 mil toneladas, enquanto as vendas caíram 6%, de 465 mil toneladas para 436 mil toneladas. “A Eldorado atingiu recorde de produção e progride em todas as dimensões”, contou Grubisich, justificando que a queda nas vendas ocorreu por um ajuste nos estoques. “Agora operamos com estoques de 35 dias, no mínimo de segurança e em linha com a produção”, disse.
O custo caixa da produção de celulose da Eldorado foi de R$ 469 por tonelada no final do segundo trimestre, queda de 30% ante mesmo período de 2016.
O presidente da empresa explicou que a diminuição no custo caixa ocorreu com aumento do uso de madeira própria e redução do raio médio, isto é, da distância entre a floresta e fábrica. “Foi um trimestre muito bom e a perspectiva é que venha na mesma caminhada, com volumes fortes, preços sustentados, custos em queda com aumento da madeira vinda da própria Eldorado e redução do raio médio”, contou.
Preços de celulose
A perspectiva ainda é positiva para este ano nos preços da celulose. Na visão de Grubisich, um impacto pode ser observado nos primeiros meses de 2018, quando chegará ao mercado a celulose produzida pela Fibria em Horizonte 2, inaugurado nesta segunda metade de 2017.
“Tem potencial de alta até o final do ano. Subiu o preço do terceiro trimestre e há condições de mercado, mas pode ter repique no primeiro trimestre de 2018 com a chegada da celulose da Fibria”, comentou o executivo.
Na sexta-feira (22), a Eldorado anunciou aumento no preço da celulose fibra curta a partir de 1º de outubro.
Para Europa, América do Norte e Chia, o ajuste é de US$ 30 por tonelada. Já para a Coreia do Sul, o aumento é de US$ 50 por tonelada. Assim, o preço-lista será de US$ 940/t na Europa, de US$ 1.130/t nos Estados Unidos, US$ 760/t na China e US$ 820/t na Coreia do Sul.
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