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É a vez do setor de papel e celulose?

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Os analistas discordam, ao menos, em parte. Em recente relatório a clientes, a equipe de análise do Santander, por exemplo, afirma que está cética quanto à sustentabilidade no médio prazo dos preços do eucalipto em dólares. Já os profissionais do HSBC têm uma postura mais otimista no curto prazo, o documento destinado aos investidores afirma que a desvalorização do Real e a recuperação nos preços de BHKP devem impulsionar os resultados operacionais. “Esperamos que os exportadores de celulose gerem Ebitda recorde no trimestre, em virtude de uma desvalorização do Real médio (+12% T/T) e do aumento nos preços de BHKP em dólares (+1% T/T)”.

De acordo com o relatório do HSBC, outro fator positivo consiste nos custos caixa em queda – por conta da venda de energia para a Fibria e do impacto positivo de Maranhão para a Suzano. Tais fatores devem elevar as margens Ebitda. “Dada a crescente lucratividade das exportações, esperamos que a participação das mesmas cresça no mix total de volume de papel, resultando em incremento na lucratividade da divisão de papel para Suzano”, estima o documento. Como no 3T14, acreditamos que a desvalorização do Real limite os lucros das empresas com parcelas expressivas de dívida denominada em dólar, tais como Fibria e Suzano.

A expectativa é de um trimestre recorde no caso da Fibria, motivado pela elevação nos preços médios de celulose. Também é previsto um trimestre recorde no que diz respeito à Suzano, impulsionado pela alta nos preços médios de celulose e pelo incremento de Maranhão. “Acreditamos que os exportadores de celulose estão posicionados de forma ideal para se beneficiarem do cenário econômico fraco observado no país”, avalia a equipe do HSBC.

Para os analistas do Santander, a estimativa é de que o momento de lucros da Suzano seja robusto (as projeções são de Ebitda de R$791 milhões no 4T14), atribuível à prioridade dada pela empresa para a redução da alavancagem. Segundos as projeções, a alavancagem será reduzida não apenas em decorrência da alta no Ebitda, como também devido à queda na dívida líquida, pois a expectativa é de que a empresa gere caixa. Quanto à Fibria, o conselho de administração precisa decidir se prossegue com o projeto Três Lagoas II, mas não está com pressa em relação a isso, pois a Fibria acredita que o potencial de crescimento para 2018 é certo, já que não há concorrentes em situação de poder apresentar crescimento até esse período devido a restrições na alavancagem.

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