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Disciplina de custos e mercado de Papel impulsionam resultado da Suzano Papel e Celulose em 2016

Custo caixa objetivo na produção de celulose é antecipado em dois anos; geração de caixa operacional do segmento Papel cresce 29,4% em 2016

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A Suzano Papel e Celulose divulga hoje os resultados referentes ao quarto trimestre de 2016 e ao acumulado anual, com uma geração de caixa operacional (EBITDA ajustado menos capex de manutenção) de R$ 615,1 milhões no trimestre e de R$ 2,75 bilhões no ano. Diante do cenário desafiador visto no mercado de celulose em 2016, os resultados foram impulsionados pela performance no segmento Papel e pelos ganhos oriundos da política de controle de custos e despesas.

Essa combinação contribuiu para que o Ebitda ajustado (excluídos itens não recorrentes e/ou não caixa) acumulado entre outubro e dezembro alcançasse R$ 901,6 milhões. No ano, o indicador somou R$ 3,91 bilhões. Já o capex de manutenção atingiu R$ 286,5 milhões no quarto trimestre e R$ 1,16 bilhão em 2016.

O balanço anual aponta também que o custo caixa consolidado de produção de celulose de mercado atingiu, no quarto trimestre, R$ 570/ton sem paradas, patamar considerado o custo caixa objetivo da empresa e anteriormente previsto para ser alcançado em 2018. No ano, o custo caixa de celulose foi de R$ 623/ton sem paradas, retração de 3% sobre 2015.

Destaque ainda para o Custo dos Produtos Vendidos (CPV) unitário, que ficou em R$ 1.391/ton em 2016, elevação de 1,7% em relação ao ano anterior, abaixo da variação inflacionária no período (+6,3%).

O ano também foi marcado pelo aumento de 1,6% no volume produzido de celulose de mercado e papel, para um total de 4,66 milhões de toneladas. A Suzano Papel e Celulose alcançou ainda um novo recorde anual de produção e vendas de celulose de mercado, com a marca de 3,5 milhões de toneladas. Os fortes resultados operacionais mitigaram parcialmente os efeitos provocados pela queda dos preços internacionais de celulose, os quais afetaram o setor como um todo.

No segmento Papel, menos exposto do que a celulose a efeitos exógenos, como câmbio e preços internacionais, as margens mantiveram trajetória favorável. A geração de caixa operacional neste mercado alcançou R$ 960,4 milhões, alta de 29,4% em relação a 2015. O Ebitda ajustado do período atingiu R$ 1,16 bilhão, enquanto o capex de manutenção totalizou R$ 199,7 milhões.

Para alcançar tais resultados, a Suzano Papel e Celulose continuou a avançar em sua estratégia de aproximação do cliente final, com o Programa Suzano Mais. A consolidação deste novo modelo de negócios permitiu à empresa ampliar sua base para mais de 35 mil clientes ativos.

No ano, a companhia reportou lucro líquido de R$ 1,7 bilhão, revertendo assim o prejuízo de R$ 925 milhões registrado em 2015.

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Estratégia

Os resultados de 2016 comprovam a assertividade da estratégia da Suzano Papel e Celulose de manter um portfólio de produção diversificado, com 61% da receita oriunda do segmento Celulose e 39% do segmento Papel. Este movimento deve continuar em 2017, com o avanço da companhia no mercado de celulose de eucalipto fluff e o ingresso nos mercados de tissue e lignina.

No segmento Celulose, os fundamentos de mercado suportaram o início do movimento de recomposição dos preços internacionais do insumo utilizado na fabricação de papéis. Estatísticas divulgadas pelo PPPC (Pulp and Paper Products Council) mostram que, no quarto trimestre, os embarques de celulose de eucalipto cresceram 13,9% na comparação com o mesmo período do ano anterior.

A Suzano Papel e Celulose também continua atenta a oportunidades de reduzir o custo de sua dívida, assim como aumentar a competitividade de suas operações. Ao final do ano passado, por exemplo, a companhia concluiu a compra de terras no Maranhão, último milestone estrutural para que possamos atingir o custo caixa objetivo de R$ 475/ton em 2021/2022.

Como consequência do investimento nesta aquisição (R$ 800 milhões), o montante de investimentos feitos pela Suzano em 2016 cresceu 51,4% sobre o ano anterior e atingiu R$ 2,6 bilhões. Excluída essa transação, os investimentos anuais somaram aproximadamente R$ 1,8 bilhão, levemente abaixo da mais recente previsão da companhia para o ano.

O balanço referente ao fechamento de 2016 também aponta queda no nível de alavancagem da Suzano Papel e Celulose, medida pela relação entre dívida líquida e EBITDA.  O indicador, que fechou o ano anterior em 2,7 vezes, caiu para 2,6 vezes ao final de 2016. A dívida líquida, por sua vez, encolheu 17,3% em igual período, chegando ao final do ano em R$ 10,3 bilhões.

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