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Dia do Papeleiro: histórias e desafios dos profissionais que movem a indústria de tissue

Uma homenagem aos papeleiros que, com dedicação e expertise, fazem o setor evoluir todos os dias

No Dia do Papeleiro, celebrado em 20 de setembro, a indústria de tissue presta homenagem aos profissionais que operam máquinas, acompanham processos e garantem a qualidade do papel que chega às casas de todo o país. Para marcar a data, o Portal Tissue Online conversou com representantes da Damapel, Lutepel e Nobrepaper, que compartilharam trajetórias, motivações e aprendizados.

HISTÓRIAS QUE INSPIRAM

As carreiras no setor vão muito além do acionamento de máquinas. Marcelo Domenico, CEO da Damapel, recorda: “Minha história no tissue começa no berço, ao todo são mais de 45 anos trabalhando na indústria que meu pai ajudou a fundar em Guarulhos (SP). Nada mais gratificante do que fazer parte da história dessa cidade e contribuir com seu desenvolvimento econômico”.

Francisco Delgado, sócio-diretor da Nobrepaper, entrou no setor de forma inesperada: “Cheguei por insistência de um amigo que precisava de um gerente de compras na indústria de papel, e eu era gerente de vendas de fertilizantes. Hoje, trabalho na indústria há cerca de 45 anos”.

Na Lutepel, a trajetória de quase cinco décadas do fundador George Lima é marcada por pioneirismo. “Iniciei minha jornada no setor papeleiro em 1974, na Meliorpel, e posteriormente segui para a MD Nicolaus, onde permaneci até 1984. Em 1996, adquirimos a Lutepel, que na época produzia 5 mil toneladas anuais de papéis a partir de aparas, e que hoje negocia 60 mil toneladas por ano, sendo 40 mil de fabricação própria. Essa trajetória traduz não apenas evolução empresarial, mas também dedicação contínua ao setor papeleiro”, contou.

O QUE MOTIVA NO DIA A DIA

O trabalho na indústria de tissue vai muito além da rotina operacional, e cada profissional encontra motivação em diferentes aspectos. “Sou um grande entusiasta de tudo que envolve o mundo tissue, principalmente máquinas. Mas o que mais me motiva é a possibilidade de trazer coisas novas para o mercado e entregar o melhor serviço para nossos clientes”, destacou Marcelo Domenico.

Delgado, por sua vez, vê nos desafios diários o combustível da profissão: “Os desafios do dia a dia na indústria papeleira são os mais inesperados possíveis. O mais especial é buscar a manutenção e elevação dos níveis de qualidade de nossos produtos, buscando o processo de fidelização de nossos clientes.”

Para Bruno Carlota, gerente comercial da Lutepel, cada tarefa contribui para algo maior: “Mesmo a mais simples, cada atividade impacta o todo. O que considero especial na minha rotina é a oportunidade constante de aprender; cada dia nos traz novos desafios e possibilidades”.

HABILIDADES ESSENCIAIS 

Em um segmento tão importante, marcado por constantes transformações, inovação e alta competitividade, os papeleiros destacam algumas competências consideradas fundamentais para se destacar na profissão. Marcelo Domenico ressalta “resiliência, estratégia e visão de futuro, sempre com foco em pessoas e processos.” Delgado acrescenta disciplina e gestão: “Projeto, desenvolvimento, planejamento e execução são cruciais; sem fiscalização, não se alcança sucesso.”

Na visão de Marcione Moraes, gerente industrial da Lutepel, o sucesso depende de uma combinação de fatores: “Um profissional de sucesso precisa reunir determinação, entusiasmo e vontade de vencer. A busca contínua pelo conhecimento é fundamental, assim como a capacidade de trabalhar em equipe. É indispensável manter o foco, adaptar-se às transformações da indústria e ter uma busca constante por resultados.”

Marcione Moraes, gerente industrial da Lutepel, complementa: “Determinação, entusiasmo e vontade de vencer, combinadas com aprendizado contínuo e capacidade de trabalhar em equipe, são essenciais para um profissional de sucesso. É preciso manter o foco e adaptar-se às transformações da indústria e buscar por resultados”.

ÀS PRÓXIMAS GERAÇÕES DE PAPELEIROS

Mais do que compartilhar experiências, os papeleiros reforçam a importância de valorizar a profissão e inspirar as novas gerações por meio de dedicação e aprendizado contínuo. “Conheça a parte técnica do papel, da sua formação até a sua proposta de valor. Busque parcerias, esteja atento a toda sua operação e, o mais importante, seja flexível e esteja aberto para o novo”, aconselhou Marcelo Domenico.

Para Francisco Delgado, a dedicação é a chave para um bom profissional: “Sugiro a quem está começando que faça o que goste, dedique-se em tempo integral, leia, pesquise e sempre faça o seu melhor com honestidade”.

Por fim, Talitha Lima, diretora da Lutepel, destaca a importância da valorização coletiva. “Para quem está começando agora: acredite no potencial dessa indústria e esteja disposto a aprender todos os dias. Aos colegas de profissão, neste Dia do Papeleiro, deixo minha admiração e respeito. Somos parte de um setor essencial, que transforma esforço coletivo em produtos indispensáveis ao dia a dia das pessoas”, declarou.

UMA HOMENAGEM AO LEGADO

Mais do que uma data no calendário, o Dia do Papeleiro é um convite a reconhecer e valorizar os profissionais que sustentam a evolução do setor de tissue no Brasil. Histórias como as compartilhadas por Damapel, Lutepel e Nobrepaper revelam que, por trás de cada rolo de papel, há pessoas que unem técnica, dedicação e paixão pelo que fazem – e são essas pessoas que movem o setor, todos os dias.

Felipe Quintino, CEO do Nexum Group e fundador do Portal Tissue Online, reforça a importância de honrar essa trajetória: “A indústria de papel sempre teve uma característica muito marcante: ser papeleiro era uma profissão passada de pai para filho, algo que aconteceu na minha própria família, desde o meu avô, passando para o meu pai e chegando até mim. Hoje essa tradição ainda existe, mas em menor escala. Valorizar esses profissionais é também reconhecer esse legado que ajudou a construir a força do setor ao longo das gerações”.

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Sandra Nascimento

Sandra Nascimento é jornalista, pós-graduada em Comunicação Organizacional e desde 2022 escreve sobre os mercados de papel e celulose.
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