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Desempenho da Klabin deve ser forte no terceiro trimestre

Resultado deve ser beneficiado pelo crescimento nas vendas de celulose, e com melhor mix, além de preços e volumes mais elevados de papéis e embalagem

O desempenho operacional da Klabin, maior fabricante brasileira de papéis para embalagem e de embalagens de papelão ondulado, deve ser forte no terceiro trimestre, beneficiado, principalmente, pelo crescimento nas vendas de celulose, e com melhor mix, além de preços e volumes mais elevados de papéis e embalagem. Para os analistas, o destaque do balanço, a ser divulgado na segunda-feira, 26, antes da abertura do mercado, ficará por conta das vendas fortes de caixas de papelão ondulado.

De acordo com a média das projeções de Morgan Stanley, Itaú BBA, XP Investimentos e Bank of America Merrill Lynch, a receita líquida da Klabin deve ter alcançado R$ 3,03 bilhões no intervalo, com avanço de 22% na comparação anual e alta de cerca de 3% frente ao segundo trimestre. Esse desempenho pode ser explicado pelo maior volume de vendas de celulose, maior participação da celulose de fibra longa e fluff nas receitas dessa unidade e melhora nos volumes comercializados de todos os tipos de papel.

O resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado, por sua vez, é projetado pelas quatro casas, de R$ 1,2 bilhão, uma queda de 14% em relação ao terceiro trimestre do ano passado, se comparado com o resultado de R$ 1,4 bilhão, que incorporou o impacto positivo de R$ 620 milhões referente à exclusão do ICMS da base de cálculo de PIS e Cofins desde abril de 2002. Sem esse efeito extraordinário, o Ebitda da Klabin teria sido de R$ 776 milhões entre julho e setembro de 2019, o que resultaria em um avanço de 55% no mesmo período de 2020.

Quanto à última linha do balanço, não há um consenso, e as projeções são de prejuízo de R$ 528 milhões a lucro líquido de R$ 569 milhões. A perda estimada pode ser explicada pelo efeito negativo da variação cambial na dívida em moeda estrangeira.

Na avaliação do Itaú BBA, em volume, tanto celulose quanto papéis e embalagens apresentaram bom desempenho no trimestre. O banco prevê vendas de 368 mil toneladas de celulose, uma alta de 13% em relação ao mesmo intervalo de 2019. Para papelão ondulado, deve haver crescimento de 8%. Os analistas do banco estimam que os custos com a parada para manutenção na unidade Monte Alegre sejam de R$ 50 milhões, com impacto no custo total.

Com relação aos preços da celulose, o Itaú BBA prevê valores ligeiramente superiores no trimestre para a fibra longa e a celulose fluff (usada em fraldas descartáveis e absorventes), e estabilidade na fibra curta se comparado com o terceiro trimestre de 2019.

Na visão dos analistas da XP Investimentos, a Klabin deve reportar um conjunto de números fortes, no entanto, o dólar mais alto continua sendo um motivo de preocupação em relação à alavancagem financeira, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda, que deve ter chegado a cinco vezes no intervalo, segundo cálculos da corretora.

Fonte
Valor Econômico
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