Consumidores da América Latina reduzem uso de fraldas como forma de economizar dinheiro
A fabricante Kimberly-Clark aponta mudanças no comportamento de compra em mercados emergentes e busca atrair clientes com produtos premium
Famílias de baixa renda na América Latina e no Sudeste Asiático estão ajustando seus hábitos de consumo em resposta à alta nos preços das fraldas infantis, segundo um levantamento da Kimberly-Clark nesses mercados. A responsável pela marca Huggies, relatou que muitos pais passaram a reduzir a quantidade de fraldas utilizadas diariamente para aliviar os gastos domésticos.
Christopher Jakubik, vice-presidente de Relações com Investidores da empresa, explicou em uma conferência com investidores que, em alguns casos, famílias que costumavam utilizar entre quatro e cinco fraldas por dia agora estão optando por cerca de três. Segundo ele, “isso tem causado alguns pontos de fragilidade no momento”.
Esse comportamento reflete a pressão global dos consumidores diante da persistência da inflação em produtos essenciais. Além disso, o setor de cuidados infantis enfrenta desafios relacionados à queda nas taxas de natalidade em várias regiões do mundo, o que tem impactado o volume de vendas.
Outro segmento afetado da Kimberly-Clark é o de produtos profissionais, como papel higiênico e toalhas de papel, destinados a banheiros de empresas e estabelecimentos comerciais. A redução no fluxo de clientes em restaurantes e hotéis na América do Norte contribuiu para uma desaceleração da demanda por esses itens no curto prazo, de acordo com Jakubik.
Para minimizar as dificuldades, a empresa tem investido em estratégias voltadas para atrair consumidores com produtos de maior valor agregado, os produtos premium. Entre as iniciativas, destaca-se a nova linha de fraldas Skin Essentials, promovida como capaz de prevenir assaduras e oferecer até 100% de proteção contra vazamentos.