Como a Renova reagiu à febre por papel higiênico
A famosa fabricante de papéis higiênicos coloridos, que exporta cerca de 60% da produção, teve de continuar suas atividades sem desviar a atenção do mercado português

Com a chegada da pandemia e o clima de incerteza instalado, pôde-se notar diversos comportamentos exagerados, como a febre do papel higiênico. Em todo o mundo, as grandes fábricas se viram tentando conciliando duas grandes realidades: o distanciamento dos trabalhadores para evitar grandes concentrações de pessoas, além do reforço nas práticas de higiene e demais medidas de prevenção à Covid-19, e a necessidade de aumentar a produção. Foi o que aconteceu com a europeia Renova, o maior case de papel tissue do mundo.
“Era importante garantirmos nos supermercados que as reposições dos produtos fossem muito rápidas. Começamos a nos preparar, de maneira a conseguir máxima produção, tendo como princípio a proteção das pessoas”, explica o presidente da empresa, Paulo Pereira da Silva.
A famosa fabricante de papéis higiênicos coloridos, que exporta cerca de 60% da produção, teve de continuar suas atividades sem desviar a atenção do mercado português, em que chegou a haver escassez do produto no início da pandemia.
“O aumento do consumo de papel higiênico teve a ver com essa mudança, as pessoas passaram a ficar confinadas em casa e passaram a gastar muito mais papel higiênico. Por uma questão de segurança, é natural que a pessoa compre mais”, completa Paulo.
Como no mercado, muita procura para pouca oferta valoriza a mercadoria – assim foi durante semanas –, ela se tornou um luxo e um desafio. Na Renova, normalmente são fabricados em média 4 milhões de rolos por dia e, enquanto milhões ficavam em casa, os trabalhadores da linha de produção não puderam fazer o mesmo.
Ao contrário de muitas empresas que tiveram que lutar com os efeitos negativos da crise, a Renova chegou a contratar em plena pandemia, a fim de continuar contribuindo para a cadeia produtiva de tissue e atender a uma demanda cada vez mais crescente.