O BTG Pactual reiterou, mais uma vez, que as ações da Suzano são suas preferidas no setor de Papel e Celulose, entendendo que os valores dos papéis ainda estão subavaliados e que os investidores ainda não enxergaram os benefícios da fusão com a Fibria, como as sinergias e consolidação do negócio. A avaliação foi realizada após a companhia anunciar a redução nos preços para os mercados da Europa e da China.
Com isso, as ações da Suzano têm queda de 2,21% a R$ 44,59.
A equipe do banco entende que existem riscos negativos para a tese de investimentos, mas enxergam a Suzano negociando com 4,2x EBITDA 19 e 18% de FCF. Em uma base mensal, a empresa ainda estaria gerando um rendimento FCF de cerca de 14%, o que, na visão deles é um bom presságio para a chamada de desalavancagem.
Em relatório enviado a clientes, o banco destaca que observa um impasse entre fornecedores de celulose brasileira e indonésia e compradores chineses. Embora os chineses tenham pressionado agressivamente por descontos (de maneira coordenada), os vendedores simplesmente não acreditavam que os fundamentos garantissem descontos e mantivessem os preços.
O resultado foi um mercado altamente ilíquido e um estoque agressivo (da perspectiva do fornecedor), levando a uma dinâmica insustentável. A partir desta manhã, a Suzano confirmou que está finalmente cedendo, reduzindo os preços em US$ 40 /t para os mercados chinês e europeu. Os novos preços também estão bem acima dos atuais preços spot (> 10% acima do spot).
O BTG entende que dados recentes indicam que os preços realmente chegaram ao fundo e agora devemos ver os preços subindo novamente para potencialmente US$ 700 / t. Enquanto os fundamentos da China permanecem pressionados e ainda existem riscos de preços, os analistas acreditam que a estratégia para um terreno comum é sensata.
Fonte: Money Times