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‘Capital da celulose’ terá estudo para crescimento sustentável em MS

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Três Lagoas, no leste de Mato Grosso do Sul, também chamado de “capital mundial da celulose” por abrigar duas das maiores plantas de processamento do produto no mundo, uma da Fibria e outra da Eldorado, será o quinto município do país e a primeira cidade que não é capital de estado, a receber um estudo realizado por várias instituições e entidades para promover o seu desenvolvimento sustentável.

Participam da iniciativa o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes), o Instituto Votorantim, a Fibria e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Por meio da metologia “Iniciativa de Cidades Emergentes e Sustentáveis” (Ices), será aplicado no município o Programa de Apoio à Gestão Pública (PAGP), que visa realizar um estudo com foco no desenvolvimento sustentável a médio e longo prazo.

A partir de um amplo diagnóstico, está prevista a elaboração de um plano de ação estruturado com ações integradas e intersetoriais. Nesta quinta-feira (17), às 17h30 (de MS) será realizado no Sest/Senat, em Três Lagoas, a apresentação do PAGP.

A celulose em Três Lagoas
Em Três Lagoas, a indústria de extração da celulose de fibra curta, a que é utilizada para a produção da papel para a impressão, para escrita e com fins sanitários (higiênico, toalhas de papel e guardanapos) está mudando a história da cidade. Primeiro com a instalação de duas plantas, a VCP, atual Fibria, em 2009 e a Eldorado em 2013, que geraram emprego, renda e desenvolvimento, transformando a vida de milhares de pessoas no município e no seu entorno. E mais recentemente, em 2015, com o anúncio, na contramão da grave crise econômica que o país atravessa, de um investimento de R$ 15,7 bilhões, para a implantação de novas linhas de produção pelas duas empresas.

Atualmente o segmento, segundo a prefeitura tem uma significativa importância para a cidade, se destacando na geração de empregos diretos e indiretos, na arrecadação de impostos e no fomento a toda a cadeia econômica do município e até mesmo do estado. Uma série de dados da própria prefeitura, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da secretaria estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico (Semade) atesta essa relevância.

Dados do Cadastro Geral de Empresas do IBGE, por exemplo, apontam que entre 2009 e 2013 o número de trabalhadores assalariados em Três Lagoas aumentou 87,6%, passando de 22,1 mil para 41,6 mil; que o salário médio mensal na mesma comparação teve um incremento de 14,8%, subindo de 2,7 salários mínimos para 3,1 salários mínimos e que o número de empresas atuantes no município cresceu 27,9%, avançando de 2.597 empreendimentos para 3.322.

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A maior quantidade de empresas instaladas e de pessoas ocupadas refletiu diretamente na arrecadação de impostos pelo município. De acordo com a prefeitura, entre 2009 e 2014, a receita com o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) teve elevação de 146,9% (de R$ 6,5 milhões para R$ 16 milhões por ano), a do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (Issqn), registrou alta de 127,1% (de R$ 21,8 milhões anuais para R$ 49,5 milhões) enquanto que a arrecadação total de tributos cresceu 107,5% (de R$ 163,9 milhões para R$ 340,2 milhões).

Esse aumento da movimentação de recursos no município impactou também no Produto Interno Bruto (PIB), medido pela Semade, que de 2009 a 2012, teve incremento de 68%, passando de R$ 2,013 bilhões para R$ 3,285 bilhões, e no PIB per capta, que passou, neste mesmo intervalo de tempo de R$ 22,5 mil para R$ 32,1 mil, o que representou uma elevação de 42,9%.

G1

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