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Além da fábrica de celulose instalada em Três Lagoas, a Eldorado Brasil pretende vender suas florestas para fazer frente a compromissos financeiros. Segundo o jornal Valor Econômico, com endividamento elevado, a companhia não dispõe de fôlego para tocar a operação e honrar dívidas somente com sua geração de caixa e poderia receber centenas de milhões de reais pelo ativo.
A venda das florestas, no entanto, pode se esbarrar no acordo de confidencialidade firmado entre J&F e a Arauco, anunciado na sexta-feira (16). A Arauco já teria oferecido R$ 11 bilhões pela aquisição da Eldorado. Nesta semana, uma comitiva de chilenos da Arauco visitou as instalações da Eldorado. No mesmo dia, o grupo Votorantim oficializou que está na disputa pela aquisição da fábrica, controlada pela J&F Investimentos e os fundos de pensão Funcef e Petrosc.
A venda da fábrica pode estar prestes a se concretizar. Três empresas, a chilena Arauco, a Fibria e a Suzano, estão interessadas em comprar a unidade e aumentar suas produções de celulose.
Durante a visita da comitiva, uma bandeira do Chile foi hasteada no pátio da empresa. Para muitos, isso era um sinal de que a venda tinha se concretizado. Ainda não, pois é de praxe hastear a bandeira do país durante visita de comitivas estrangeiras.
Segundo fontes de mercado, ouvidas pelo Valor Econômico, a Eldorado levou há duas semanas representantes da gestora canadense Brookfield para avaliar suas florestas na região de Três Lagoas e também as ofereceu para outros fundos florestais . Com o acordo de exclusividade para potencial venda da companhia, esses planos ficaram suspensos. Em nota, a Eldorado Brasil “afirma que não há nenhuma discussão em andamento para venda de suas florestas”.
Depois da delação premiada dos irmãos Weslley e Joesley Batista, o grupo J&F anunciou a venda de ativos para fazer caixa, pagar dívidas e manter crédito no mercado financeiro. Nesta semana, a JBS, maior empresa do grupo, anunciou também que fará um programa de desinvestimentos de R$ 6 bilhões.
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