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A força do tissue brasileiro no mercado externo

Sustentabilidade do produto brasileiro será decisiva em um mundo que caminha para uma economia de baixo carbono

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Um dos grandes segmentos de atuação da Indústria Brasileira de Árvores, a celulose é já pode ser considerada um dos pilares da nova economia brasileira, figurando entre os 10 principais “commodities” do País, com 70% da produção nacional tendo como destino o mercado externo, resultando num saldo positivo na balança comercial superior a US$ 5,2 bilhões (2016). Só a China, apontada por muitos como a economia do futuro, é responsável por 40% da fatia deste comércio e mantém uma projeção de ampliação do consumo, motivada principalmente pelo aumento da demanda por papéis de uso sanitário, como papel higiênico, e para confecção de fraldas e absorventes, também conhecidos como tissue.

Já no Brasil, as vendas de papéis tissue apresentaram o mesmo crescimento concreto. No século XXI, houve um avanço de 146% no consumo interno, saltando de 458 mil toneladas em 2000 para 1,12 milhão de toneladas em 2016, alcançando 11% da produção de papéis.

“O crescimento das economias emergentes nos últimos anos alavancou a qualidade de vida da população desses países, gerando uma mudança definitiva no seu hábito de consumo. Nesta transformação, é possível verificar um constante avanço na necessidade por produtos de higiene, como lenços de papel, papéis-toalha, guardanapo, papel higiênico e fraldas, elevando a necessidade de papéis de tipo tissue e, consequentemente, da celulose. Mesmo com as recentes instabilidades econômicas, a expectativa é que esta demanda continue em alta”, comenta Elizabeth de Carvalhaes, presidente executiva da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá).

Grande parte da conquista do mercado externo pelo tissue brasileiro é resultado dos fortes investimentos em tecnologia e produção das indústrias do setor. Hoje, o Brasil possui reconhecidamente a melhor engenharia genética arbórea entre todas as nações, sendo líder em produtividade florestal com aproximadamente 36 m³/ha.ano; valor 24% maior que a segunda colocada, a China, e 260% a mais que a dos Estados Unidos.

Isso faz com que a indústria florestal brasileira seja vista como uma das únicas com potencial para atender de forma eficiente a crescente demanda mundial. A capacidade das empresas nacionais em produzir mais com menos recursos e em menos tempo, transforma o Brasil em referência quando o assunto é abastecer o mercado de forma rápida e com preços mais competitivos, o que também traz impactos positivos aos produtos derivados desta cadeia.

sao paulo

Além da sua competência produtiva, o tissue brasileiro tem outro grande diferencial: o seu caráter 100% sustentável. Em um planeta em que os governantes dos países que mais emitem gases de efeito estufa, entre eles a China, estão pressionados a rever seus processos industriais em busca de uma economia de baixo carbono, cresce a preferência por importar produtos que tenham menor impacto ambiental. Neste caso, a indústria de florestas plantadas brasileira também é considerada parâmetro mundial, com produtos que mais absorvem e estocam carbono. É 1,7 bilhão de toneladas de dióxido de carbono equivalente (CO2eq) retirados da atmosfera – gás que permanece estocado nos produtos derivados dessas árvores -, o que equivale a um ano inteiro das emissões nacionais.

O setor ainda retém outros 2,48 bilhões de toneladas de CO2eq em 5,6 milhões de hectares de áreas naturais protegidas pelo setor por meio de Áreas de Preservação Permanente (APPs), de Reserva Legal (RL) e de Reservas Particulares de Patrimônio Natural (RPPNs). Neste cenário, o Brasil destaca-se como o País em que o setor de árvores plantadas mais protege as áreas naturais, em que para cada hectare plantado com árvores para fins industriais, outro 0,7 hectare é destinado à preservação de ecossistemas naturais. As florestas plantadas ainda possuem papel fundamental na preservação ambiental, uma vez que evitam o desmatamento de habitats naturais, protegendo a biodiversidade, o solo e as nascentes de rios, além de recuperar áreas degradadas e serem fontes de energia renovável.

Soma-se a isso o fato dos papéis tissue produzidos no Brasil, além das fibras virgens, terem como característica na sua composição o uso de aparas recicladas de boa qualidade.

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